VetLab Medicina Laboratorial Veterinária

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Novos exames

○ Perfil Respiratório Canino


Material: Secreção nasal e ocular – 2 swabs sem meio identificados

Condições de coleta: Não estar em uso de antibióticos por 10 dias. Enviar o material no mesmo dia da coleta.

Exames realizados: Pesquisa de Vírus da parainfluenza canina (VPIC), Adenovírus caninos (AVC) e Bordetella bronchiseptica.

Comentários: O Complexo da Tosse dos Canis (CTC) refere-se a uma coleção de doenças infecciosas altamente contagiosas do trato respiratório canino, que causa traqueobronquite e início súbito de tosse curta e repetida paroxística que dura de vários dias a algumas semanas.

As infecções mistas são comuns e possuem um efeito sinergístico na produção da doença clínica. Individualmente, esses agentes infecciosos causam uma doença muito suave ou são albergados nas vias aéreas dos portadores assintomáticos. Os isolados mais frequentes no CTC são o vírus da parainfluenza e a Bordetella bronchiseptica.

O alvo primário desses agentes é o epitélio das vias aéreas superiores. O resultado é uma lesão epitelial, uma inflamação aguda e uma disfunção dos cílios das vias aéreas.

Nos cãezinhos e nos animais imunocomprometidos, a invasão bacteriana secundária do trato respiratório inferior pode causar pneumonia de risco de vida.

Prazo: 2 dias.

Código: 885



○ Perfil Respiratório Felino

Material: 0,5 mL de soro ou plasma + 1 swab de secreção nasal.

Condições de coleta: Não estar em uso de antibióticos por 10 dias. Enviar o material no mesmo dia da coleta.

Exames realizados: ELISA IgG para Herpesvírus felino e Calicivírus felino + Pesquisa de Chlamydophila felis e Bordetella bronchiseptica

Comentários: As doenças respiratórias superiores são muito comuns na espécie felina e rotineiramente observadas na prática clínica. Geralmente são causadas pela ação do herpesvírus felino, calicivírus felino, Chlamydophila felis e Bordetella bronchiseptica. Os sinais clínicos associados são a secreção oculonasal, espirros, conjuntivite e ulceração oral.

Dentre as consequências destacam-se a rinosinusite, pólipos nasofaríngeos,

gengivoestomatite, seqüestro de córnea, ceratite superficial e profunda e conjuntivite.

O Herpesvírus felino é comumente associado a doenças oftálmicas em gatos, sendo a causa mais frequente de conjuntivite e ceratite nessa espécie, pelo fato de poder permanecer latente nos tecidos oculares. As alterações oculares mais relacionadas ao Herpesvírus são a conjuntivite, ceratite e seqüestro de córnea.

As lesões orais são muito comuns na infecção pelo Calicivírus felino uma vez que esse vírus é isolado de mais de 80% gatos com doença oral crônica, tendo forte relação com o surgimento de faucite aguda e crônica. As ulcerações iniciam-se como pequenas vesículas que se rompem expondo a necrose do epitélio adjacente concomitante a eritema e edemaciação das gengivas.

Prazo: 2 dias.

Código: 886





○ Panleucopenia, Herpesvírus e Calici Vírus Felino - IgG

Material: Soro ou plasma em EDTA 0,5mL. Estabilidade R - 3 dias; C - 6 meses

Método: ELISA

Comentários: Este kit tem a finalidade de determinar no soro de felinos, o título de anticorpos IgG do Vírus da Panleucopenia Felina (FPLV), do Herpesvírus Felino (FHV) e do Calici Vírus

Felino (FCV). O objetivo principal deste kit, é fornecer uma ferramenta útil para avaliar o estado da imunidade de gatos, relativo a estes três patógenos. Como tal, ele pode determinar o título de IgG antes e após a vacinação ou a validação da vacina.

Panleukopenia Felina também conhecida como cinomose ou enterite infecciosa felina, é uma doença viral altamente contagiosa que pode matar, gatinhos e gatos adultos não vacinados. Os sintomas incluem início súbito de febre, falta de apetite, desidratação, depressão, vômitos e tonturas. Gatos infectados podem apresentar diminuição do número de células no sangue.

Herpesvírus Felino é causada por FHV do tipo 1, também conhecido como rinotraqueíte felina viral. Os sintomas incluem espirros, tosse, fotossensibilidade, edema conjuntival, ocular e corrimento nasal. Também febre, depressão e falta de apetite. Úlceras da córnea podem desenvolver se, o que pode levar a infecções graves e mesmo à cegueira.

Calici Virus Felino é um vírus respiratório, causa uma doença semelhante um resfriado humano. É um vírus RNA, e é mais resistente do que o Herpesvírus Felino, embora os seus sintomas podem aparecer menos grave. Os sintomas são semelhantes aos de FHV, mas geralmente incluem úlceras na língua. Pneumonia pode se desenvolver, levando a altas taxas de mortalidade em filhotes.

Prazo: 2 dias

Código: 883



○ Leptospirose canina IgM

Material: Soro 0,5ml

Condições de coleta: Exame realizado apenas para caninos. Jejum não obrigatório. Enviar o sangue refrigerado (2o a 8o C) em até 2 dias.

Outros laboratórios: Enviar a amostra de soro ou plasma refrigerados (2o a 8o C) em até 7 dias ou congelado em até 20 dias.

Interpretação: Caninos reagem à doença através da produção de anticorpos antiLeptospira. A soroconversão pode ocorrer mais cedo de 5-7 dias após o aparecimento da doença. A doença aguda é caracterizada pela presença de anticorpos específicos da classe IgM.

A sensibilidade e especificidade do teste, depende de vários fatores, incluindo a fase da doença, o uso de antibióticos anterior ao teste, histórico de vacinação. O teste de aglutinação microscópica (SAM) é recomendado como um teste confirmatório e fornece o sorovar que está presente. Pode-se utilizar tambem em casos duvidosos teste de Elisa IgG.

Sensibilidade do teste: 100%

Especificidade do teste: 95,3%

Método: Imunoensaio Cromtográfico IgM

Prazo: Mesmo dia

Código: 882



○ Hepatite Infecciosa Canina (HIC) - Adenovírus tipo I canino (CAV-I)

Material: 0,5 mL de soro ou plasma em EDTA ou swab de secreção ocular ou amostra de tecido hepático em solução fisiológica.

Método: Imunoensaio cromatográfico Ag

Comentários: A Hepatite Infecciosa Canina (HIC), conhecida também como doença de Rubarth é uma infecção viral causada pelo adenovírus canino tipo I (CAV-1) que acomete principalmente cães jovens e não vacinados.

O adenovírus canino tipo I, é um DNA – vírus não envelopado. Além do adenovírus canino tipo I, existe também o adenovírus canino tipo II (CAV-2) que causa inflamação das vias áreas superiores associada à Traqueobronquite Infecciosa dos Cães (Tosse dos Canis).

O CAV-I tem tropismo pelas células endoteliais e hepatócitos, causando hepatite aguda fulminante frequentemente fatal em animais não imunizados.

Os cães adquirem o CAV-I através de exposição oronasal. O vírus é encontrado em todos os tecidos sendo eliminado em todas as secreções durante a fase aguda da infecção. Durante algum tempo após a recuperação o vírus ainda é eliminado através da urina dos cães.

Após a exposição, o vírus replica-se inicialmente nas tonsilas, passa aos linfonodos e atinge a corrente sanguínea através do ducto torácico. A viremia dura de quatro a oito dias, o vírus então se dissemina para os tecidos, com destino especialmente aos hepatócitos e células endoteliais. A lesão endotelial afeta principalmente o endotélio corneano, glomérulos renais e endotélio vascular.

A Hepatite Infecciosa Canina frequentemente apresenta curso clínico agudo ou superagudo.

No curso superagudo da doença, a mesma não é diagnosticada antes do animal vir a óbito. Isso ocorre, pois a evolução da doença dá-se em um espaço curtíssimo de tempo.

No curso aguda da enfermidade observa-se aparecimento de sinais clínicos como apatia, letargia, inapetência, sede intensa, anorexia, vômito, dor abdominal, diarreia com ou sem sangue, febre entre outros. Podem ocorrer também sinais neurológicos (desorientação, depressão, coma, convulsões), tais sinais são resultantes de encefalopatia hepática, hipoglicemia ou encefalite não supurativa. Sinais oftálmicos provenientes de edema corneano e uveíte anterior também podem ser observados.

O diagnóstico baseia-se na associação entre sinais clínicos e lesões macro e microscópicas. Alguns métodos são utilizados para confirmar a presença do CAV-I nos tecidos, sendo eles a imunoistoquímica (IHQ), reação em cadeia da polimerase (PCR) e isolamento viral.

O tratamento recomendado é de suporte, geralmente com administração de fluidoterapia suplementada com potássio e dextrose, tratamento para encefalopatia hepática e antibioticoterapia para complicações bacterianas.

A prevenção é feita através da vacinação, com esquema prescrito por Médico Veterinário. Pelo fato de a Hepatite Infecciosa Canina ser uma doença de fácil transmissão, é importante tomar alguns cuidados para preveni-la além da vacinação, como por exemplo, a desinfecção dos locais onde o animal habita fazendo uso de vapor quente, vassouras de fogo e desinfetantes a base de amônia e se desfazendo dos objetos do animal (camas, brinquedos, comedouros, bebedouros).

Condições de envio: Refrigerado

Prazo: 2 dias

Código: 884



○ Raiva anticorpos vacinais IgG

Material: Soro 1,0ml sem hemólise.

Comentários: Esta técnica permite avaliar o nível de anticorpos de indivíduos vacinados contra a raiva. Títulos iguais ou superiores a 0,5 U.I./ml dosados pelas técnicas de soroneutralização, são considerados protetores em situações de risco (Organização Mundial da Saúde).

Método: Soroneutralização em cultura de células (RFFIT)

Prazo: 15 dias.

Código: 880



○ Raiva canina Ag

Material: swab de saliva, enviar no mesmo dia da coleta

Método: Imunoensaio cromatográfico Ag

Prazo: 2 dias.

Código: 88

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