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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Piroplasmose

Quando não diagnosticadas e tratadas de forma eficaz, Babesiose Equina, ou Piroplasmose Equina ou Nutaliose Equina, podem levar os animais à morte. Em condições naturais, esses protozoários são transmitidos por carrapatos dos gêneros Dermacentor, Hyalomma e Rhipicephaluse.


É causada pelos protozoários Babesia caballi e Theileria equi que frequentemente aparecem associadas na mesma infecção no animal por utilizarem o mesmo vetor.

A distribuição geográfica das espécies de Babesia que infectam os eqüídeos é semelhante, ocorrendo especialmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo bem como, em algumas áreas de clima temperado.

Nas Américas, as duas formas de babesioses se manifestam enzooticamente em quase todos os países da América Latina, exceto as regiões do Sul do Chile e Argentina. O Canadá e os Estados Unidos da América são considerados países livres de B. equi e B. caballi, com exceção do Estado da Flórida reconhecida como área de instabilidade enzoótica.

Estudos soroepidemiológicos para B. equi realizados por Tenter e Friedhoff (1986), demonstraram elevada prevalência sorológica dessas espécies ao examinarem soros de animais dos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Desde então, vários estudos sorológicos foram realizados com o intuito de caracterizar a ocorrência das babesioses equinas nas diversas regiões do país, confirmando a existência de elevadas prevalências de B. equi e B. caballi nos Estados do Rio de Janeiro (PFEIFER BARBOSA et al., 1995; BITTENCOURT et al., 1997; BOTTEON et al., 2002), Minas Gerais (RIBEIRO; LIMA, 1989), Goiás (LINHARES, 1994), Rio Grande do Sul (CUNHA et al., 1996) e São Paulo (HEUCHERT et al., 1999; XUAN et al., 2001), indicando que estas regiões do Brasil são de estabilidade enzoótica para essas espécies do gênero Babesia.

Em países endêmicos como o Brasil, o controle da piroplasmose se torna de fundamental importância para manter a exportação de animais para países livres da doença (KNOWLES Jr., 1996). Por essa razão muitos países não permitem a entrada de animais provindos do Brasil pela alta prevalência de animais assintomáticos.

http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/manual-de-exames/babesia-equi-e-com-titulacao/

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Febre Maculosa

O QUE É A FEBRE MACULOSA?

A Febre Maculosa ou febre do carrapato é uma doença aguda febril transmitida pela picada de carrapatos. Ela é causada por uma bactéria, a Rickettisia rickettsii, e pode inclusive causar a morte.

COMO É TRANSMITIDA?

Ela é transmitida pela picada de um carrapato infectado. No Brasil, o vetor é o Amblyomma cajennense, também conh...ecido como carrapato-estrela ou carrapato-de-cavalo. As larvas e ninfas do carrapato (formas imaturas de vida conhecidas como micuins) também podem atacar o homem e transmitir a doença.

Este carrapato pode picar uma grande variedade de espécies animais, como cavalos, cães, galinhas, animais silvestres e roedores. O homem é um hospedeiro acidental. Para transmitir a bactéria ao homem pela picada, o Amblyomma cajennense deve ficar preso à pele por pelo menos 4 horas. Também pode haver transmissão através da pele ferida, após o esmagamento do carrapato. A doença não é transmitida de pessoa a pessoa.

PRINCIPAIS SINTOMAS:

Os sintomas febris podem aparecer de 2 a 14 dias após a picada infectante.

Os sinais iniciais são muito inespecíficos: febre, cefaléia (dor de cabeça), calafrios. Até o terceiro ou quarto dia pode aparecer um exantema maculopapular (manchas semelhantes às do sarampo), primeiro nas extremidades e depois se difundindo pelo resto do corpo. Com a progressão da doença, podem ocorrer hemorragias e, caso paciente não seja logo diagnosticado e tratado, podem surgir também necroses.

COMO POSSO SABER SE CONTRAÍ A DOENÇA?

Nem toda picada de carrapato transmite esta doença, que ocorre mais freqüentemente em regiões rurais, onde há cavalos e animais silvestres. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais (sangue e cultura). Se você foi picado por um carrapato e apresenta algum dos sintomas descritos acima, procure um posto de saúde o mais rapidamente possível, pois a Febre Maculosa tem tratamento, e a cura é rápida quando a doença é diagnosticada a tempo.

FUI PICADO POR UM CARRAPATO: E AGORA?

Sempre que você fizer caminhadas em parques, trilhas ecológicas, andar a cavalo ou outros lugares em que existam carrapatos, procure usar roupas claras e a meia por cima da calça. Faça um inspeção em seu corpo a intervalos regulares e, se encontrar carrapatos, remova-os com uma pinça, fazendo uma leve torção. Lembre-se de que o carrapato contaminado precisa ficar grudado à pele por pelo menos quatro horas para transmitir a doença, por isso é importante retirá-los o mais rápido possível e de maneira adequada, para não se infectar com a maceração do carrapato: as bactériastêm capacidade de penetrar no organismo através de machucados na pele.

Se estiver com dúvidas, procure um médico ou vá a um posto de saúde.

MEU CACHORRO ESTÁ CHEIO DE CARRAPATOS: O QUE DEVO FAZER?

Leve-o a um médico veterinário, pois somente ele poderá prescrever um medicamento eficaz para tratamento de seu cão. Os cães normalmente são resistentes à Febre Maculosa, mas há outras doenças transmitidas por carrapatos que são perigosas à saúde canina.

COMO EVITAR A DOENÇA:

Conhecer quais são as áreas consideradas endêmicas para a Febre Maculosa (locais onde já ocorreram casos);

Evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos no meio rural e silvestre;

Quando for necessário caminhar nestas áreas, vistoriar o corpo em busca de carrapatos a cada 3 horas;

Use sempre calças compridas com parte inferior por dentro das botas e fitas adesivas de dupla face lacrando a parte superior da bota. Use roupas claras, para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos;

Remover os carrapatos do corpo com pinça, fazendo uma leve torção para liberar seu aparelho bucal da pele.

Controle químico nos animais domésticos através de banhos carrapaticidas prescritos por um médico veterinário.

Fonte:
http://www0.rio.rj.gov.br/ijv/febre_maculosa.shtm

Mais informações: http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/manual-de-exames/rickettsia-ricfebre-maculosa/

sexta-feira, 20 de março de 2009

Passos para avaliação diagnóstica da febre de origem desconhecida

• Primeiro Passo: hemograma completo, pesquisa de hemoparasitos, perfil bioquímico sérico (ALT, AST, Fosfatase Alcalina, Gama GT, Uréia, Creatinina, Proteína total e frações), tireoxina, urinálise, cultura e antibiograma urinária, aspiração com agulha fina de volume (massa ou tumores)
• Segundo Passo: radiografia torácica; ultrasonografia abdominal; ecocardiografia; hemoculturas seriadas; testes imunes (anticorpo antinuclear, fator reumatóide canino), eletroforese de proteínas, testes sorológicos (Ehrlichiose, Brucelose, Toxoplasmose, Leishmaniose), artrocentese (estudos citológicos e cultura), biópsia de qualquer lesão ou órgão aumentado de volume, análise de líquido cerebroespinal;
• Terceiro Passo: tentativa terapêutica (antipiréticos, antibióticos, corticosteróides).