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terça-feira, 2 de abril de 2013

Proteína total e frações devem fazer parte do PERFIL PRÉ OPERATÓRIO


Como a albumina tem função no transporte de fármacos, metabólitos e outras substâncias, sua baixa modifica o estado fisiológico do paciente o que pode interferir com a anestesia.

A albumina é a proteína mais abundante no plasma, perfazendo cerca de 50% do total de proteínas. É sintetizada no fígado e contribui com 80% da osmolaridade do plasma sanguíneo, constituindo, também, uma importante reserva proteica, bem como um transportador de ácidos graxos livres, aminoácidos, metais, cálcio, hormônios e bilirrubina.



A única causa de aumento de albumina plasmática (hiperalbuminemia) é a desidratação.

A concentração da albumina plasmática pode diminuir (hipoalbuminemia) em várias situações:

• dano hepático crônico: insuficiência hepática, a dosagem dos ácidos biliares é mais específico;

• déficit alimentar de fontes proteicas: para a detecção de mudanças significativas na concentração de albumina sérica é necessário um período de pelo menos um mês, devido a baixa velocidade de síntese e de degradação;

• parasitismos, devido a saída de proteínas pelo intestino;

• doença renal (síndrome nefrótico, glomerulonefrite crônica, diabetes);

• síndrome de malabsorção;

• catabolismo aumentado da albumina como consequência de déficit energético, o que estimula a mobilização de reservas de aminoácidos para entrarem na via da gliconeogênese (ex. Hipertireoidismo);

• extravasamento do sistema vascular (hemorragias).

Interferências: Hemólise e lipemia.

Diminuições na relação A/G podem ocorrer em casos de Erlichiose, Leishmaniose, PIF, IRC, insuficiência hepática e infecções.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Doença renal

Doença renal é definida como a ocorrência de lesões morfológicas renais de qualquer extensão ou severidade ou qualquer anormalidade bioquímica relacionada à função renal, ou seja, indica a existência de lesão renal sem qualificar a causa, a gravidade, a distribuição ou estágio da função renal.


A insuficiência renal é uma condição de decréscimo da função renal; refere-se a um nível de função do órgão e não a doença como entidade específica. Está presente quando há sinais clínicos ou alterações laboratoriais causados pela redução da função renal, o que só ocorre após uma perda considerável dos néfrons - aproximadamente 75% dos néfrons de ambos os rins.

A insuficiência renal pode ser classificada como aguda (IRA) e crônica (IRC). Clinicamente, é importante a diferenciação entre IRA e IRC devido ao prognóstico de cada uma. A IRA resulta de uma redução súbita na função renal e geralmente é causada por uma agressão tóxica ou isquêmica que pode ser reversível. A IRC ocorre em um período de semanas, meses ou anos e é a principal causa de morte em cães e gatos.

A azotemia ocorre quando há excesso de componentes nitrogenados no sangue que são rotineiramente detectados pelo aumento de uréia e creatinina sérica.

A uremia ocorre quando os sinais da insuficiência renal estão presentes. Na ausência de sinais clínicos o animal azotêmico não está urêmico.

A divisão clássica da disfunção renal em pré-renal, renal e pós renal deve sempre ser mantida em mente na realização do diagnóstico, mas não existe um teste de função renal capaz de fazer essa distinção. Alguns fatores pré-renais que podem resultar em alteração da função dos rins podem ser óbvias, como desidratação e insuficiência cardíaca, porém alterações hemodinâmicas intrarenais, como a constrição de arteríolas aferentes, podem estar presentes sem a presença de sinais clínicos. Fatores pós-renais, como obstrução e perda de urina para a cavidade, geralmente são detectados clinicamente. O maior critério para a diferenciação das azotemias é o valor da densidade urinária. Quando a azotemia é exclusivamente pré-renal e há diminuição da taxa de filtração glomerular é esperado uma densidade urinária maior que 1.030 em cães e que 1.035 em gatos, porque os rins são estimulados a conservar água.

As doenças renais que podem causar a azotemia incluem doenças inflamatórias renais como glomerulonefrite, pielonefrite, nefrite túbulo-intersticial, amiloidose, nefrose tóxica (hipercalcemia, etileno glicol, mioglobina, gentamicina, fenilbutazona), isquemia ou hipóxia renal, hipo ou aplasia congênita, hidronefrose e neoplasia.

URÉIA

A síntese de uréia ocorre nos hepatócitos e sua excreção depende quase que exclusivamente pelos rins. Assim, sua concentração é afetada tanto pela taxa de produção no fígado como pela excreção renal.

Quando a quantidade de proteína na dieta está aumentada, mais aminoácidos são absorvidos do trato gastrointestinal e, se esta quantidade de aminoácidos excede o requerimento nutricional do animal, esses aminoácidos chegam ao fígado, onde são incorporados em uréia para que os resíduos nitrogenados sejam eliminados do organismo.

Quando há desidratação, ocorre uma redução do fluxo tubular e aumento da concentração de uréia no sangue.

A diminuição de uréia pode ser causada por insuficiência hepática.

CREATININA

A creatinina é produto da degradação da creatina. Após a degradação da creatina nas fibras musculares, ela vai para o plasma e é excretada quase que exclusivamente pelos rins.

A dosagem de creatinina realizada pelo método de Jaffé, realizadas em amostras com altas concentrações de bilirrubina, lípidos, e glucose pode interferir e conduzem geralmente a superestimação de valores de creatinina plasmática. As cefalosporinas podem aumentar os valores de creatinina no plasma determinados pelo método Jaffé em até 50%. Por essa razão realizamos a dosagem pelo método enzimático.

O aumento de creatinina geralmente está associado a um processo patológico relacionado à diminuição da taxa de filtração glomerular (pré-renal, renal ou pós renal).

A diminuição da creatinina não tem significado clínico.

Devido a intervenção terapêutica ter mais sucesso quando iniciada na fase de indução da IRA, o reconhecimento dessa disfunção renal é essencial para um melhor prognóstico do paciente. Similarmente, a detecção precoce da doença renal crônica, pode facilitar o estabelecimento de uma intervenção apropriada que estabilize a função renal ou até mesmo diminua-a progressivamente.

http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/programa-de-deteccao-precoce/

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Índice HOMA

O valor de HOMA tem sido amplamente utilizado para a avaliação da resistência à insulina em humanos e, recentemente, também foi aplicado para os estudos em cães e gatos. O valor de HOMA provou ser muito útil para a detecção precoce da resistência à insulina em estudos populacionais e na prática clínica, porque é fácil de determinar, preciso, e apenas requer a análise de uma única amostra de sangue.


Schnauzers miniatura com hipertrigliceridemia, muitas vezes têm evidência de resistência à insulina, tal como indicado pelo aumento basal de glicose. Estes animais aprsentaram em um estudo níveis elevados de HOMA.

Xenoulis PG, Levinski MD, Suchodolski JS, et al. Association of hypertriglyceridemia with insulin resistance in healthy Miniature Schnauzers. J Am Vet Med Assoc 2011;238:1011-1016.

Conclui-se que a medição do índice HOMA, pode ser usada na investigação clínica da resistência à insulina em gatos. Gatos com HOMA aumentados podem estar em risco de desenvolver intolerância à glicose e diabetes mellitus tipo 2. A detecção precoce desses gatos permitiria programas de intervenção preventivos, tais como a redução de peso, aumento da atividade física e modificações dietéticas.

Appleton DJ, Rand JS, Sunvold GD. Basal plasma insulin and homeostasis model assessment (HOMA) are indicators of insulin sensitivity in cats. J Feline Med Surg 2005;7:183–193.



Índice HOMA (homeostasis model assessment) / HOMA R (HR)

Material: 0,5ml de soro e 0,5 de plasma em fluoreto.

Condições de coleta: Jejum de 8 horas.

Método: Cálculo

Prazo: 3 dias.

Código: 829