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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Diagnóstico de tiroidite linfocitária

A tiroidite linfocitária passa por várias fases, podendo ou não durante a  progressão da doença observar-se hipotiroidismo clínico. Graham, Refsal & Nachreiner  (2007) referem as seguintes fases:
1- Tiroidite subclínica, em que há infiltração de linfócitos na glândula, com carácter focal,  dispondo-se os linfócitos muitas vezes à periferia dos folículos tiroideus. A glândula tem um  aspecto histológico normal na sua quase totalidade. Neste estágio da doença, a única alteração  laboratorial é a presença de anticorpos anti-tiroglobulina.
2- Hipotiroidismo subclínico com presença de anticorpos anti-tiroglobulina. Neste estágio da  doença há uma alteração patológica da tiróide em 60 a 70% da sua massa; laboratorialmente  há uma elevação da TSH para estimular o restante tecido da tireóide, de modo a manter os níveis séricos de T4 dentro da normalidade. Nesta fase as células epiteliais foliculares alteram a sua forma histológica de cuboidais para colunares. Para além do já referido aumento da concentração de TSH, observa-se também a presença de anticorpos contra a tiroglobulina, mantendo-se as concentrações séricas de T4 e T3 dentro dos parâmetros normais.
3- Hipotiroidismo clínico com presença de anticorpos. Este estágio atinge-se quando quase  todo o tecido funcional da tireóide foi destruído pela inflamação, e a concentração de T4 não  se mantém estável. Laboratorialmente, além da baixa concentração de T4, regista-se um  aumento na concentração sérica de TSH e existem anticorpos anti-tiroglobulina. Estes dados  laboratoriais, podem só ser encontrados após algum tempo do início dos sinais clínicos de  hipotiroidismo.
4- Hipotiroidismo com atrofia tiroideia e ausência de anticorpos anti-tiroglobulina. Há dados  que sugerem que haja substituição do tecido tiroideu normal por tecido adiposo e tecido  fibroso, com desaparecimento das células inflamatórias, o que vai levar à aparência  histológica de atrofia glandular. A ausência de inflamação nesta fase da doença é devida,  provavelmente, ao desaparecimento gradual de anticorpos da circulação sanguínea. Ainda está  por definir, qual o significado que os animais, que são examinados nesta fase poderão ter no total dos 50% dos animais que consideramos terem hipotiroidismo idiopático, por serem negativos para a presença de anticorpos anti-tiroglobulina.
Nem todos os animais que têm indícios de tiroidite linfocitária evoluem para hipotiroidismo, podendo haver uma progressão lenta ou limitada em alguns cães (Graham et al., 2001).

Anticorpos contra a tiroglobulina
Entre 36 a 50% dos cães com hipotiroidismo são positivos para a presença de anticorpos  contra a tiroglobulina. Estão atualmente disponíveis testes ELISA comerciais para a detecção destes anticorpos, alguns dos quais com valores elevados de especificidade, em que apenas 5% dos cães têm resultados falsos negativos devido a outras endocrinopatias. Estudos referem que a vacinação pode induzir a formação de anticorpos anti-tiroglobulina, mas num trabalho recente não se conseguiu demonstrar a relação causal (Scott-Moncrieff, Glickman, Glickman & HogenEsch, 2006).
Não está provado até ao momento, se todos os cães que apresentam tiroidite linfocitária desenvolvem hipotiroidismo. Num estudo em que 171 cães com anticorpos contra a tiroglobulina foram seguidos por um período de 12 meses observou-se que 4% desenvolveram hipotiroidismo, 13% apresentaram sinais de hipotiroidismo e em 15% os anticorpos desapareceram (Graham et al., 2001).
Especula-se que a progressão da tiroidite linfocitária varie consoante a raça. Deste modo, as  raças com maior incidência de anticorpos anti-tiroglobulina são o Golden retriever, Gran  Danois, Setter inglês e irlandês, Doberman pinscher, Old english sheepdog, Dálmata, Basenji,  Leão da rodésia, Boxer, Maltese terrier, Chesapeake Bay retriever, Cocker spaniel, Shetland  sheepdog, Siberian Husky, Border collie e Akita (Graham et al., 2001). Foi sugerido que, em  animais destinados à criação, deveriam ser realizados testes para a detecção da presença de  tiroidite linfocitária, numa tentativa de serem eliminadas as formas hereditárias dessa doença.  Contudo, permanece ainda por provar se esta medida é, ou não, efectiva (Ettinger & Feldman, 2005).
Animais positivos para anticorpos anti-tiroglobulina e com valores normais de concentração de tT4, fT4 e de TSH deveriam ser regularmente seguidos, reavaliando-se a função da tiróide pela realização de testes específicos em intervalos de tempo regulares (cada 3 a 6 meses). Assim, procura-se controlar a progressão da doença, e o tratamento do hipotiroidismo não deve ser considerado uma opção para estes cães. Além disso, estes animais não devem também ser considerados candidatos a uma terapêutica imunosupressora, pois, os efeitos adversos destas drogas são bastante mais graves do que a suplementação com l-tiroxina isoladamente. Este último caso justifica-se apenas se forem observados sinais ou testes funcionais indicativos da presença efectiva de hipotiroidismo (Ferguson, 2007).

Perfil Tireoidiano Canino Completo
Material: 2,0 ml de soro.
Condições de coleta: Jejum de 4 horas.
Exames realizados: TSH, T4 Livre por diálise, T4 Total, TgAA
Comentários: A maioria dos cães com hipotireoidismo apresenta valores de TT4 baixo (>90% deles), tornando este um teste com elevada sensibilidade no diagnóstico. Por outro lado, cães com outras doenças, muitas vezes, têm baixa de TT4 como parte de sua resposta fisiológica.
O teste de TSH tem > 90% de especificidade no diagnóstico de hipotireoidismo quando utilizado com T4 total ou T4 livre por diálise. Quimioluminescência é o teste mais preciso para dosagem de TSH.
A presença de TgAA no soro é fortemente sugestiva de tireoidite linfocítica imuno mediada que é responsável por mais da metade dos casos de hipotireoidismo canino.
Quase todo T4 circulante está ligado a proteínas transportadoras, deixando apenas uma pequena fração disponível para interagir com os tecidos. Esta fração livre pode ser mensurada por radioimunoensaio após diálise de equilíbrio. O efeito de outras doenças não representa tanta variação para o T4 livre por diálise.
A análise do T4 livre por diálise de equilíbrio é a maneira mais precisa de avaliar a tireóide de um animal. As amostras são dialisadas, separando o T4 livre das proteínas séricas.

Prazo: 5 dias úteis.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Endocrinologia



Hiperadrenocorticismo


Diagnóstico:

Hemograma: frequentemente neutrofilia, monocitose e linfopenia.

Glicose: moderadamente aumentada em cerca de 40 a 60% dos casos.

ALT: o aumento da sua concentração é geralmente fraco

Fosfatase Alcalina: na maioria dos casos este parâmetro encontra-se aumentado devido ao aumento da fração induzida por glicocorticoides.

Colesterol e Triglicerídeos: cerca de 90% dos animais tem aumento de um ou ambos

Relação cortisol/ creatinina urinária: Um resultado normal exclui hiperadrenocorticismo.

Teste de supressão pela dexametasona - baixa dose

A sensibilidade do teste varia entre 90 a 95% em cães com hiperadrenocorticismo pituitário dependente (PDH) e pode chegar a 100% em cães com tumor de ardenal (ADH).

Limitações: O hiperadrenocorticismo iatrogênico não pode ser diagnosticado nesse teste.

Procedimento: Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,01 mg/Kg de dexametasona intravenosa. Coletar amostras 4 e 8 horas após administração. Enviar as amostras refrigeradas ao VetLab em até 3 dias.

- Um erro comum cometido por muitos veterinários é no cálculo da dose de dexametasona. Quando se utiliza o FOSTATO DISSODICO DE DEXAMETASONA, deve-se lembrar de que a etiqueta afirma uma concentração de 4 mg / ml, mas apenas 3,3 mg / ml são de dexametasona ativa.

- Quando o animal for muito pequeno a dexametasona pode ser diluída em solução salina estéril (soro fisiológico) na proporção de 1,0 ml de fosfato de dexametasona para 5,0 ml de salina. Formando uma concentração de 0,5 mg de dexametasona por mL. Esta solução pode ser conservada em geladeira por até 1 mês.

- Embora as dosagens de cortisol basal e 8 horas pós-dexametasona sejam as mais importantes para o diagnóstico do hiperadrenocorticismo, uma amostra coletada em 4 horas durante o período de teste pode também ser muito útil.   Aproximadamente 30% dos cães com hiperadrenocorticismo pituitário dependente apresentam supressão do cortisol 4 horas (<1 8="8" a="a" administra="administra" ap="ap" aumento="aumento" concentra="concentra" cortisol="cortisol" da="da" de="de" dexametasona.="dexametasona." e="e" horas="horas" o="o" s="s" um="um">

Esta curva é de diagnóstico de hiperadrenocorticismo pituitário dependente, e os testes adicionais para determinar a causa do hiperadrenocorticismo não são necessários.

Interferentes: Estresse, anestésicos, fenitoína, barbitúricos e outros indutores de enzimas microssomais hepáticas que acelerem o metabolismo da dexametasona.


Diferenciação PDH / ADH

Teste de supressão pela dexametasona - alta dose

Procedimento: Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,1 mg/Kg dexametasona intravenosa. Coletar amostras 4 e 8 horas após administração. Enviar as amostras refrigeradas ao VetLab em até 3 dias.

Interpretação: Se o valor de cortisol declinar em mais que 50% indica-se pituitário dependente e em menos que 50% suspeita-se de tumor de adrenal.

Acompanhamento:

Teste de estimulação com ACTH – Cortisol pré e pós ACTH

Procedimento Cães: Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,25 mg/cão de Synacthen intramuscular, independente do peso corporal. Coletar amostra após  1hora. / Ou Coletar amostra pela manhã. Administrar 2,2 UI / Kg de Cortigel 40 por cão intramuscular. Coletar amostra após 2 horas.

Controle Trilostano:

1. Animal em tratamento deve ter cortisol pós ACTH entre 5,0 a 11,0;

2. O trilostano não deve ser usado em animais com doença hepática primária ou doença renal crônica;

3. Os exames clínicos, hemograma, bioquímica e cortisol pós ACTH devem ser realizados em 10 dias, 4 semanas, 12 semanas e posteriormente a cada 3 meses;

4. O teste de ACTH deve ser realizado 4 a 6 horas após a administração do trilostano;

- Hipertensão e proteinuria são complicações comuns: O VetLab realiza exame de PU/CU com o método considerado padrão ouro: Azul brilhante de Coomassie/Enzimático Trinder

- Metade dos cães com Cushing apresentam infecção urinária e devido ao cortisol circulante não apresentam sinais nem clínicos e nem no EAS. Uma urocultura deve ser realizada a cada 6 meses. O VetLab realiza cultura e antibiograma de urina com resultados em 2 dias úteis.



Hipotireoidismo

Diagnóstico

Anemia Normocítica Normocrômica Arregenerativa 30% dos casos

Aumento de Colesterol e Trigicerídeos 60 a 80% dos casos

Aumento de Frutosamina (sem diabetes) 60% dos casos

Leve aumento de ALT e CK 35% dos casos

T4 Total e TSH

O único fator que interfere na mensuração de T4 total por quimioluminescência ou radioimunoensaio são Anticorpos Anti-T4. Anticorpos Anti-Tireóide interferem em menos de 1% dos casos.

Vacinações podem aumentar os títulos de Anticorpos Anti-Tireóide por até 2 semanas.

Doenças que Diminuem os Níveis de T4 Séricos: Hipotireoidismo, Deficiência de calorias e/ou proteína, Diabetes mellitus, Hiperadrenocorticismo, Hepatopatias, Hipoadrenocorticismo, Insuficiência renal, Afecções neuro, musculares e Pioderma.

Medicamentos que Diminuem os Níveis de T4 Séricos: Fenitoína, Salicilato, Flunixin Meglumine, Glicocorticóides, Mitotano, Anabolizantes, Halotano, Tiopental, Metoxiflurano, Furosemida, Ácidos Graxos, Fenobarbital e Fenilbutazona.

O T4 Total normal mostra um animal sem hipotireoidismo na maioria dos casos. As exceções são poucos casos de Tireoidite linfocítica com autoanticorpos contra T4.

T4 Total < 5,0; Hipercolesterolemia e sintomas clínicos são diagnóstico de hipotireoidismo se o tratamento funcionar.

O teste de TSH tem > 90% de especificidade no diagnóstico de hipotireoidismo quando utilizado com T4 total ou T4 livre (por diálise ou bifásico). Quimioluminescência é o teste mais preciso para dosagem de TSH (Marca et al, 2001)

No caso de discrepância entre os resultados dos exames baseie sua decisão no T4 livre por diálise.

Hipertireoidismo

Deve-se investigar a ocorrência de hipertireoidismo em todos os felinos de meia idade ou idosos que apresentem histórico de perda de peso, principalmente quando evidenciar polifagia.

Diagnóstico

HEMOGRAMA – Leucocitose, Policitemia

BIOQUÍMICA – Aumento de ALT, Gama GT , AST, uréia , creatinina e fósforo.

DOSAGEM DE T3 E T4

Quando o seu valor está aumentado, o resultado é extremamente específico para o diagnóstico de hipertireoidismo . No entanto, um resultado dentro da normalidade não permitirá que se descarte o hipertireoidismo, uma vez que podem ocorrer flutuações circadianas dos valores séricos de T3 e T4 ou diminuição nas concentrações de T4 total no soro decorrentes de enfermidades concomitantes não tireoidianas, tais como nefropatia, diabete melito, neoplasia, hepatopatia e outras afecções crônicas

DOSAGEM DE T4 LIVRE POR DIÁLISE

A determinação de T4 livre por diálise é um teste diagnóstico bastante útil em gatos com grande suspeita de hipertireoidismo e concentração de T4 total dentro dos valores de referência.

http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/manual-de-exames/

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ALTERAÇÕES REPRODUTIVAS

TOXOPLASMOSE CANINA


A infecção toxoplásmica em cadelas, em vários estágios gestacionais, pode provocar mortalidade dos filhotes do 4º ao 75º dias pós-nascimento. Cadelas no terço médio e final da gestação, experimentalmente infectadas com T. gondii, apresentaram aborto e morte fetal (BRESCIANI et al., 1999; 2001). Os traquizoítos de Toxoplasma podem estar presentes no sêmen.

Leishmaniose pode ser transmitida pelo sêmen

Em um estudo* onze de 13 cães com leishmaniose visceral eliminaram Leishmania sp. no sêmen, sendo essa eliminação intermitente e aleatória. Das dez cadelas que haviam cruzado com estes animais, duas apresentaram soroconversão.


BRUCELOSE CANINA

A brucelose canina caracteriza-se como doença infecto-contagiosa crônica, de distribuição mundial, que acomete os canídeos domésticos, silvestres e o homem.
A doença é considerada uma zoonose, manifestando-se no homem sob a forma de febre, mialgias, cefaléia, dermatite, linfoadenopatia e, ocasionalmente, poliartrite, principalmente em laboratoristas, tratadores de canis e em proprietários com estreito contato com cães infectados .
As manifestações clínicas da brucelose canina são variadas, com predomínio de sintomas da esfera reprodutiva. Nas fêmeas, a enfermidade caracteriza-se por abortamento no terço final da gestação, retenção de placenta, corrimento vaginal, subfertilidade, morte embrionária, natimortos e/ou nascimento de filhotes fracos.
Nos machos a brucelose apresenta-se sob a forma de epididimite, prostatite, atrofia testicular uni ou bilateral, dermatite de bolsa escrotal, anormalidades espermáticas, infertilidade e, esporadicamente, em quadros de linfoadenopatia, hepatomegalia e esplenomegalia, meningoencefalite, uveíte e discospondilite.

Leptospirose

A Leptospirose é transmitida entre os animais pelo contato direto, contato venéreo via transplacentária, por ferida de mordedura e ingestão de tecidos, solo, água, panos de cama, alimentos contaminados e outros fômites. As leptospiras são eliminadas na urina por cães recuperados durante meses a anos após a infecção.
O principal medo com reprodutores é o tratamento leigo ou de profissionais que só aplicam uma dose de penicilina ou penicilinaestreptomicina, como constatamos freqüentemente; o agente é vencido e em animais com estado recente há cura aparente, porém ficarão portadores com leptospirúria.

HIPOTIREOIDISMO E ALTERAÇÕES REPRODUTIVAS


Em cães com hipotireoidismo, observa -se anestro, infertilidade, aborto e galactorréia. Desta maneira, os animais passam a apresentar prolongados intervalos entre cios, ou cio silencioso, atrofia testicular, oligospermia e ginecomastia.

A hiperprolactenemia resultante da excessiva estimulação das células da pituitária secretoras de prolactina pelo TRH parece ser a causa da galactorréia em cadelas suscetíveis, podendo ser pelo menos parcialmente responsável pela infertilidade ao hipotireoidismo. O diagnóstico pode ser realizado com os exames de T4 livre bifásico e TSH.

As alterações reprodutivas são resolvidas após 3 a 10 meses do início do tratamento.

Após 4 semanas do ínicio do tratamento é necessário realizar uma avaliação da resposta clínica e T4 Total/TSH mesurados 4 – 6 hs após o uso de levotiroxina.

Depois do acerto da dosagem, é importante que se faça uma avaliação laboratorial a cada 3 meses, através de testes hormonais, além de completo exame clínico.


*http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/VETC-7AQMRK/1/tese_fabiana_lessa_silva.pdf

Mais informações: www.vetlaboratorio.com.br


terça-feira, 13 de novembro de 2012

TSH

A tirotropina (TSH) é o hormônio mais importante na regulação da atividade tiroideia. A sua secreção é regulada por um mecanismo de retroalimentação negativa exercida pelas hormonas da tiróide ao nível do hipotálamo (inibem a secreção da TRH) e ao nível da hipófise (inibindo a secreção de TSH).


A medição da concentração sérica de cTSH torna-se importante porque a especificidade da cTSH para o diagnóstico de hipotiroidismo aproxima-se dos 100% quando a este teste juntamos a determinação da concentração tT4 ou da concentração fT4.

O hipotireoidismo gera uma série de sinais que podem ser confundidos com outras doenças. Ocorrem sinais dermatológicos, comportamentais, nervoso e muscular, cardiovascular, reprodutivo e oftalmológico. Para fechar o diagnóstico verifica-se a concentração de hormônio da tireóide (T4Total e T4 livre por diálise), quase sempre T4 estará diminuído e a concentração sérica de TSH estará aumentada na maioria dos casos de hipotireoidismo primário.

O hipotireoidismo secundário, decorrente de uma deficiência de TSH, ocorre em menos de 5% dos casos.

Para controlar a dose do medicamento dosar T4 Total e TSH após 4 semanas do início do uso, 4 ou 6 horas após a medicação, os níveis de T4 total em caninos devem estar entre 25 a 45 ng/ml e TSH< 0,6.

Quimioluminescência é o teste mais preciso para dosagem de TSH (Marca et al, 2001)

http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/manual-de-exames/tsh-caninos-e-felinos/

terça-feira, 30 de outubro de 2012

T4 Livre por diálise

Uma concentração sérica de T4 total baixa encontra-se presente quase sempre em um hipotireoidismo. Se T4 total permanecer normal, um hipotireoidismo será bastante improvável.


A diálise de equilíbrio é o melhor procedimento para medir T4 livre. Apesar da ampla variedade de condições médicas, incluindo a presença de drogas e a presença de anticorpos anti-T4, o teste da diálise direta mostrou uma acurácia diagnóstica de 95%, com especificidade de 93%, representando os mais altos valores associados com qualquer teste de função da tireóide isolado.

A concentração sérica de T4 livre mede o T4 metabolicamente ativo e não deve ser influenciado pelos efeitos da conjugação sérica.

A concentração sérica de T4 pode também estar alterada por doenças não relacionadas à tireóide em cães e gatos. Condições conhecidas porproduzir a diminuição na quantidade de hormônios da tireóide em circulação incluemdiabetes melito, o hipoadrenocorticismo, o hiperadrenocorticismo, a insuficiência renal, doença hepática e neoplasias sistêmicas. Entre as drogas que podem causar diminuição da concentração sérica de hormônios da tireóide incluem-se os glicocorticóides, particularmente administrados por um longo período; drogas aintitireoidianas, tais como o profiltiouracil e os corantes radiológicos; antipiléticos, tais como difenilhidantoína e o fenobarbital; e outras poucas drogas como a fenilbutazona e a furosemida também tem sido relacionadas


Mais informações: http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/manual-de-exames/t4-livre-por-dialise/

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

T4 Total passa a ser rotina no check up de cães e gatos.



Qual a importância de se dosar T4 total?

T4 Total está diminuído em quase todos os cães com Hipotireoidismo e é diagnóstico de hipertireoidismo em felinos.

O que é o hipertireoidismo?

O hipertireoidismo é uma síndrome decorrente da produção excessiva de hormônios da tireóide, resultando em um aumento do metabolismo basal. O hipertireoidismo é a endocrinopatia mais comum em gatos, mas é muito rara em cães. Os sinais clínicos incluem perda de peso, polifagia, aumento da atividade, agitação, nervosismo, perda de pelo, despenteado, poliúria, polidipsia, vômito, diarreia, fezes volumosas. Policitemia, aumento das enzimas hepáticas (ALT / FAL) e hipocalemia são achados comuns de laboratório.

Em que idade os gatos devem ser testados para hipertireoidismo?

O hipertireoidismo ocorre na meia-idade com idade média de anos 11-13. É raro em gatos jovens, mas qualquer gato com mais de 4 anos de idade, com sinais clínicos compatíveis devem ser testados. Todos os gatos com mais de 7 anos de idade devem ser examinados rotineiramente para hipertireoidismo.

Após o diagnóstico de hipertireoidismo, qual é o próximo passo?

Há três opções de tratamento primário disponíveis para gatos com hipertireoidismo:

A terapia médica

A remoção cirúrgica da glândula tireóide

Tratamento com iodo radioativo

Posso usar o Total T4 para monitorar a resposta ao tratamento?

Sim, o teste é quantitativo e permite monitorar a resposta ao tratamento.

O que é hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é uma síndrome resultante da produção e secreção inadequada de hormônio tireoidiano pela glândula tireóide. O hipotireoidismo é a endocrinopatia mais comum em cães, mas muito raro em gatos. Os sinais clínicos incluem inatividade, letargia, ganho de peso, intolerância ao frio, queda de pelos, pelo seco ou sem brilho, descamação excessiva, hiperpigmentação, infecções recorrentes de pele. Achados laboratoriais mais comuns incluem uma leve anemia arregenerativa e aumento do colesterol.

Em que idade devemos testar os cães para hipotireoidismo?

O início dos sinais clínicos podem ocorrer em diferentes idades, mas geralmente aparecem durante a meia idade (4-10 anos). Alguns podem desenvolver sinais em idade precoce (2-3 anos). Todos os cães com sinais clínicos compatíveis devem ser testados para hipotireoidismo. Cães que apresentam T4 Total baixo devem realizar outros exames como TSH e T4 livre por diálise.

Após o diagnóstico de hipotireoidismo, que é o próximo passo?

O tratamento do hipotireoidismo envolve suplemento hormonal. O objetivo é tratar o cão com a dose mais baixa possível que alivia os sinais clínicos e mantém a concentração de T4 total dentro do intervalo de referência para o uso do medicamento (cerca de 4-6 horas pós-comprimido).

Posso usar o T4 Total para monitorar a resposta à terapia de levotiroxina?

Sim, o teste é quantitativo e permite monitorar a resposta ao tratamento. O ideal é associar com TSH.

Mais informações: http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/programa-de-deteccao-precoce/

sábado, 29 de agosto de 2009

17 Hidroxiprogesterona

A dosagem de 17 Hidroxiprogesterona antes e após a estimulação com ACTH é recomendada na investigação de cães com Alopecia X (Schmeitzel et al., 1995; Cerundolo et al., 2001).Concentrações de 17 Hidroxiprogesterona pós ACTH estava elevada em todos os 31 cães Pomeranians com Alopecia X segundo o estudo de Cerundolo et al. (2001). Deve ser realizado o diagnóstico diferencial de hipotireoidismo e Hiperadrenocorticismo clássico.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Endocrinologia

É com grande satisfação que informamos que este mês adquirimos o equipamento de endocrinologia veterinário. Com isso estamos liberando os exames de T4 Total, T4 livre, TSH, Cortisol, Progesterona e Fenobarbital em 2 dias úteis.
Sendo todos realizados no VetLab.