A frequência de infecções por Cryptosporidium em cães é
pouco conhecida e acredita-se que a maioria dos cães infectados sejam
portadores assintomáticos. Os quadros clínicos de gastrenterite em cães, apesar
de pouco frequentes, geralmente estão associados a condições de stress e
imunosupressão (ROBERTSON et al., 2000).
Cães infectados com Cryptosporidium spp. podem contaminar o
meio, tornando o solo, a água (tanto potável como aquela utilizada na irrigação
e também de recreação) e até moluscos comestíveis, fontes de infecção para o
ser humano.
Os sinais clínicos da criptosporidiose em cães variam desde
uma infecção assintomática até a ocorrência de diarréia crônica ou intermitente
(GREENE et al., 1990; RIGGS, 1990). Síndrome da má absorção atribuída à
infecção por Cryptosporidium spp. foi registrada por Greene et al. (1990).
Associação com o vírus da cinomose foi observada por Aydn et al. (2004).
Gonzales et al.(2003), observaram atrofia mediana das vilosidades do jejuno do
animal, com achatamento e fusão das microvilosidades até seu total
desaparecimento.Criptas intestinais edemaciadas e apresentandoalterações
degenerativas também foram observadaspelos autores.
Gennari et al. (1999), na cidade de São Paulo, observaram
2,83% de animais infectados. Lindsay e Zajac (2004) informam que até 44,8% dos
cães podem ser portadores da infecção por Cryptosporidium spp. Na cidade de
Lages, Marques et al. (2005) encontraram 10% (10/100) dos cães avaliados
eliminando oocistos de Cryptosporidium spp.
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