VetLab Medicina Laboratorial Veterinária

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A importância da contagem de reticulócitos no hemograma veterinário.


A atividade eritropoiética da medula óssea e o ritmo de liberação das células da medula para o sangue periférico são os fatores determinantes do número de reticulócitos no sangue periférico. Em relação a classificação das anemias, estas podem ser divididas em “regenerativas” (com reticulocitose) e “arregenerativas” (sem reticulocitose).

A reticulocitose ocorre normalmente nos pacientes anêmicos com medula óssea funcional. Aqui estão incluídos os pacientes com perda de sangue ou anemias hemolíticas (babesiose, haemobartonelose, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, imunomediadas e hiperesplenismo), e os animais que foram tratados com sucesso para outros tipos de anemia.

Em contraste, os animais com aplasia de medula, eritropoiese inefetiva ou produção deficiente de eritropoietina, podem mostrar uma contagem normal ou diminuída de reticulócitos a despeito de grave anemia. Nestes pacientes estão incluídos os com anemias por deficiências de ferro, folato ou vitamina B12, anemia por hipoplasia devido a distúrbios endócrinos, aplasia eritrogênica imunológica ou induzida por drogas, leucemia, carcinoma metastático, mielofibrose, insuficiência renal crônica e anemia por hipoplasia medular generalizada devida a FeLV, Ehrlichia, estrógenos e quimioterápicos.

Em gatos podem ocorrer 2 tipos de reticulocitose: pontiados e agregados, sendo a primeira forma indicativa de resposta regenerativatardia e a segunda, de resposta recente.



A contagem de reticulócitos é, assim, crítica para o diagnóstico de várias doenças hematológicas e para a classificação dos pacientes com anemia. Além dessa utilidade diagnóstica, a contagem de reticulócitos desempenha um papel de crescente importância na monitoração dos pacientes que estão sendo medicados para algumas doenças, como é o caso dos que estão recebendo terapêutica pela eritropoietina (EPO) e outros fatores de crescimento hematológicos usados para estimular a produção do éritrom.

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