VetLab Medicina Laboratorial Veterinária

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Hiperadrenocorticismo

Diagnóstico:
Hemograma: frequentemente neutrofilia, monocitose e linfopenia.
Glicose: moderadamente aumentada em cerca de 40 a 60% dos casos.
ALT: o aumento da sua concentração é geralmente fraco
Fosfatase Alcalina: na maioria dos casos este parâmetro encontra-se aumentado devido ao aumento da fração induzida por glicocorticoides.
Colesterol e Triglicerídeos: cerca de 90% dos animais tem aumento de um ou ambos
Relação cortisol/ creatinina urinária: Um resultado normal exclui hiperadrenocorticismo.

Teste de supressão pela dexametasona - baixa dose
A sensibilidade do teste varia entre 90 a 95% em cães com hiperadrenocorticismo pituitário dependente (PDH) e pode chegar a 100% em cães com tumor de ardenal (ADH). Limitações: O hiperadrenocorticismo iatrogênico não pode ser diagnosticado nesse teste.
Procedimento: Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,01 mg/Kg de dexametasona intravenosa. Coletar amostras 4 e 8 horas após administração. Enviar as amostras refrigeradas ao VetLab em até 3 dias.

- Um erro comum cometido por muitos veterinários é no cálculo da dose de dexametasona. Quando se utiliza o FOSTATO DISSODICO DE DEXAMETASONA, deve-se lembrar de que a etiqueta afirma uma concentração de 4 mg / ml, mas apenas 3,3 mg / ml são de dexametasona ativa.

 - Quando o animal for muito pequeno a dexametasona pode ser diluída em solução salina estéril (soro fisiológico) na proporção de 1,0 ml de fosfato de dexametasona para 5,0 ml de salina. Formando uma concentração de 0,5 mg de dexametasona por mL. Esta solução pode ser conservada em geladeira por até 1 mês.
- Embora as dosagens de cortisol basal e 8 horas pós-dexametasona sejam as mais importantes para o diagnóstico do hiperadrenocorticismo, uma amostra coletada em 4 horas durante o período de teste pode também ser muito útil.

Interferentes: Estresse, anestésicos, fenitoína, barbitúricos e outros indutores de enzimas microssomais hepáticas que acelerem o metabolismo da dexametasona.

Diferenciação PDH / ADH

Teste de supressão pela dexametasona - alta dose Procedimento:
Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,1 mg/Kg dexametasona intravenosa. Coletar amostras 4 e 8 horas após administração. Enviar as amostras refrigeradas ao VetLab em até 3 dias.
Interpretação: Se o valor de cortisol declinar em mais que 50% indica-se pituitário dependente e em menos que 50% suspeita-se de tumor de adrenal.

Acompanhamento:

Teste de estimulação com ACTH – Cortisol pré e pós ACTH
Procedimento Cães: Coletar amostra pela manhã. Administrar 0,25 mg/cão de Synacthen intramuscular, independente do peso corporal. Coletar amostra após 1hora. / Ou Coletar amostra pela manhã. Administrar 2,2 UI / Kg de Cortigel 40 por cão intramuscular. Coletar amostra após 2 horas.

Controle Trilostano:

1. Animal em tratamento deve ter cortisol pós ACTH entre 5,0 a 11,0; 2. O trilostano não deve ser usado em animais com doença hepática primária ou doença renal crônica; 3. Os exames clínicos, hemograma, bioquímica e cortisol pós ACTH devem ser realizados em 10 dias, 4 semanas, 12 semanas e posteriormente a cada 3 meses; 4. O teste de ACTH deve ser realizado 4 a 6 horas após a administração do trilostano;
- Hipertensão e proteinuria são complicações comuns: O VetLab realiza exame de PU/CU com o método considerado padrão ouro: Azul brilhante de Coomassie/Enzimático Trinder
- Metade dos cães com Cushing apresentam infecção urinária e devido ao cortisol circulante não apresentam sinais nem clínicos e nem no EAS. Uma urocultura deve ser realizada a cada 6 meses. O VetLab realiza cultura e antibiograma de urina com resultados em 2 dias úteis.

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