VetLab Medicina Laboratorial Veterinária

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ALTERAÇÕES REPRODUTIVAS

TOXOPLASMOSE CANINA


A infecção toxoplásmica em cadelas, em vários estágios gestacionais, pode provocar mortalidade dos filhotes do 4º ao 75º dias pós-nascimento. Cadelas no terço médio e final da gestação, experimentalmente infectadas com T. gondii, apresentaram aborto e morte fetal (BRESCIANI et al., 1999; 2001). Os traquizoítos de Toxoplasma podem estar presentes no sêmen.

Leishmaniose pode ser transmitida pelo sêmen

Em um estudo* onze de 13 cães com leishmaniose visceral eliminaram Leishmania sp. no sêmen, sendo essa eliminação intermitente e aleatória. Das dez cadelas que haviam cruzado com estes animais, duas apresentaram soroconversão.


BRUCELOSE CANINA

A brucelose canina caracteriza-se como doença infecto-contagiosa crônica, de distribuição mundial, que acomete os canídeos domésticos, silvestres e o homem.
A doença é considerada uma zoonose, manifestando-se no homem sob a forma de febre, mialgias, cefaléia, dermatite, linfoadenopatia e, ocasionalmente, poliartrite, principalmente em laboratoristas, tratadores de canis e em proprietários com estreito contato com cães infectados .
As manifestações clínicas da brucelose canina são variadas, com predomínio de sintomas da esfera reprodutiva. Nas fêmeas, a enfermidade caracteriza-se por abortamento no terço final da gestação, retenção de placenta, corrimento vaginal, subfertilidade, morte embrionária, natimortos e/ou nascimento de filhotes fracos.
Nos machos a brucelose apresenta-se sob a forma de epididimite, prostatite, atrofia testicular uni ou bilateral, dermatite de bolsa escrotal, anormalidades espermáticas, infertilidade e, esporadicamente, em quadros de linfoadenopatia, hepatomegalia e esplenomegalia, meningoencefalite, uveíte e discospondilite.

Leptospirose

A Leptospirose é transmitida entre os animais pelo contato direto, contato venéreo via transplacentária, por ferida de mordedura e ingestão de tecidos, solo, água, panos de cama, alimentos contaminados e outros fômites. As leptospiras são eliminadas na urina por cães recuperados durante meses a anos após a infecção.
O principal medo com reprodutores é o tratamento leigo ou de profissionais que só aplicam uma dose de penicilina ou penicilinaestreptomicina, como constatamos freqüentemente; o agente é vencido e em animais com estado recente há cura aparente, porém ficarão portadores com leptospirúria.

HIPOTIREOIDISMO E ALTERAÇÕES REPRODUTIVAS


Em cães com hipotireoidismo, observa -se anestro, infertilidade, aborto e galactorréia. Desta maneira, os animais passam a apresentar prolongados intervalos entre cios, ou cio silencioso, atrofia testicular, oligospermia e ginecomastia.

A hiperprolactenemia resultante da excessiva estimulação das células da pituitária secretoras de prolactina pelo TRH parece ser a causa da galactorréia em cadelas suscetíveis, podendo ser pelo menos parcialmente responsável pela infertilidade ao hipotireoidismo. O diagnóstico pode ser realizado com os exames de T4 livre bifásico e TSH.

As alterações reprodutivas são resolvidas após 3 a 10 meses do início do tratamento.

Após 4 semanas do ínicio do tratamento é necessário realizar uma avaliação da resposta clínica e T4 Total/TSH mesurados 4 – 6 hs após o uso de levotiroxina.

Depois do acerto da dosagem, é importante que se faça uma avaliação laboratorial a cada 3 meses, através de testes hormonais, além de completo exame clínico.


*http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/VETC-7AQMRK/1/tese_fabiana_lessa_silva.pdf

Mais informações: www.vetlaboratorio.com.br


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