VetLab Medicina Laboratorial Veterinária

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ehrlichia canis

Os cães infectados com Ehrlichia canis podem desenvolver sinais brandos a intensos ou mesmo não apresentar sinais, dependendo da fase da doença em que se encontram. A gravidade da doença depende da cepa infectante, da idade do animal, da suscetibilidade e da alimentação. Através de estudos baseados nos sinais clínicos e patológicos, foi possível distinguir três fases da doença, a aguda, a subclínica e a crônica.
Na fase aguda os sinais clínicos são febre, anorexia, depressão, linfadenopatia e trombocitopenia. Essa fase geralmente passa despercebida e no final da quarta semana, aproximadamente, os sinais clínicos desaparecem. Entretanto, os parasitas permanecem no animal. Esta é a principal fase onde se consegue identificar mórulas do parasita em leucócitos através de esfregaços sanguíneos. No hemograma, observa-se frequentemente, uma trombocitopenia entre 10 a 20 dias após a infecção, em consequência da destruição imunológica periférica das plaquetas.
A fase subclínica é caracterizada pela persistência da Ehrlichia canis no animal. Nessa fase o animal parece saudável, pois os sintomas são mais brandos, podendo ocorrer leve perda de peso. É nesta fase que se observa alta concentração de anticorpos para E. canis no sangue dos cães infectados.
Ao final da fase subclínica, instala-se a fase crônica, com sinais clínicos severos, devido à ineficiência do sistema imune do animal. Nesta fase, dificilmente encontra-se inclusões de mórulas de Ehrlichia canis nos leucócitos.

De acordo com Oriá (2001) e Machado (2004), comparativamente à Reação de Imunofluorescência Indireta, o ELISA é mais sensível no diagnóstico da E. canis, sendo o método sorológico mais indicado para o diagnóstico da erliquiose canina na rotina clínica veterinária.

A trombocitopenia é um achado hematológico importante no diagnóstico da erliquiose canina. A detecção de mórulas intraleucocitárias de Ehrlichia canis nos esfregaços sanguíneos é infrequente, ocorrendo ocasionalmente em especial na fase aguda da hemoparasitose e dificilmente encontrada na fase crônica. Assim, os métodos mais confiáveis para o diagnóstico da Erliquiose canina são os exames sorológicos ou de biologia molecular.

Mais informações: http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/manual-de-exames/ehrlichia-caniisa-erlichiose/

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