Quando não diagnosticadas e tratadas de forma eficaz, Babesiose Equina, ou Piroplasmose Equina ou Nutaliose Equina, podem levar os animais à morte. Em condições naturais, esses protozoários são transmitidos por carrapatos dos gêneros Dermacentor, Hyalomma e Rhipicephaluse.
É causada pelos protozoários Babesia caballi e Theileria equi que frequentemente aparecem associadas na mesma infecção no animal por utilizarem o mesmo vetor.
A distribuição geográfica das espécies de Babesia que infectam os eqüídeos é semelhante, ocorrendo especialmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo bem como, em algumas áreas de clima temperado.
Nas Américas, as duas formas de babesioses se manifestam enzooticamente em quase todos os países da América Latina, exceto as regiões do Sul do Chile e Argentina. O Canadá e os Estados Unidos da América são considerados países livres de B. equi e B. caballi, com exceção do Estado da Flórida reconhecida como área de instabilidade enzoótica.
Estudos soroepidemiológicos para B. equi realizados por Tenter e Friedhoff (1986), demonstraram elevada prevalência sorológica dessas espécies ao examinarem soros de animais dos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Desde então, vários estudos sorológicos foram realizados com o intuito de caracterizar a ocorrência das babesioses equinas nas diversas regiões do país, confirmando a existência de elevadas prevalências de B. equi e B. caballi nos Estados do Rio de Janeiro (PFEIFER BARBOSA et al., 1995; BITTENCOURT et al., 1997; BOTTEON et al., 2002), Minas Gerais (RIBEIRO; LIMA, 1989), Goiás (LINHARES, 1994), Rio Grande do Sul (CUNHA et al., 1996) e São Paulo (HEUCHERT et al., 1999; XUAN et al., 2001), indicando que estas regiões do Brasil são de estabilidade enzoótica para essas espécies do gênero Babesia.
Em países endêmicos como o Brasil, o controle da piroplasmose se torna de fundamental importância para manter a exportação de animais para países livres da doença (KNOWLES Jr., 1996). Por essa razão muitos países não permitem a entrada de animais provindos do Brasil pela alta prevalência de animais assintomáticos.
http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/manual-de-exames/babesia-equi-e-com-titulacao/
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
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