Para o estabelecimento de terapia adequada para os pacientes que desenvolverem urolitíase é necessário que se tenha conhecimento da composição de todos urólitos desenvolvidos. Portanto, não é aconselhável que o veterinário deixe de realizar análises nos urólitos. A escolha de uma técnica de análise composicional que forneça resultados precisos é extremamente desejável e diversos fatores devem ser analisados ao momento da escolha dessa técnica. Também é importante que o profissional conheça as diversas técnicas, para fazer uma melhor escolha.
A dificuldade no tratamento da urolitíase muitas vezes resulta da não determinação da composição dos cálculos removidos (KALINSKI et al., 2012).
Infelizmente muitos urologistas optam por não fazer a análise da composição dos urólitos devido ao custo, falta de conhecimento ou conveniência (SCHUBERT, 2006).
A composição do núcleo pode diferir da composição do restante do cálculo e é muito importante que se determine corretamente a composição nuclear, pois é a partir dessa composição que se pode determinar a causa que levou ao desenvolvimento da urolitíase (OSBORNE et al., 1995).
OSBORNE et al. (1995) não recomendam que sejam feitas apenas análises químicas quantitativas, pois esses métodos detectam apenas alguns radicais e não quantificam os componentes. Diferentemente dos métodos químicos, os físicos são mais eficientes na determinação de substâncias cristalinas e permitem a subdivisão de determinados tipos minerais, como o oxalato de cálcio monohidratado e oxalato de cálcio dihidratado, ou ácido úrico, urato de amônio e xantina. Esses métodos, além de analisar quantitativamente, também permitem análises semiquantitativas e qualitativas de diversos constituintes.
Cálculo Urinário Quantitativo (Análise de urólitos)
Material: Cálculos mínimo 1g. Enviar a pedra maior. Caso haja mais de um cálculo de localizações diferentes enviar identificados para diferentes análises.
Condições de coleta: Colocar os cálculos em frasco limpo e seco. Manter em temperatura ambiente. Não usar conservantes.
Método: Microscopia de luz polarizada (MLP), Espectroscopia infravermelha e Difração de raios-X
Interpretação: A urolitíase ocorre com relativa frequência dentre as afecções que acometem o trato urinário inferior de cães e gatos. Urólitos são agregados de material cristalino e matriz que se forma em um ou mais locais no trato urinário quando a urina torna-se supersaturada com substâncias cristalogênicas. A constituição dos urólitos pode ser decorrente de deposição de um único tipo mineral ou de minerais diferentes que se depositam em camadas (laminações) ou simplesmente agregam-se à pedra. Dependendo do tipo mineral e sua distribuição no urólito, este pode ser classificado em simples (apenas uma camada com predomínio - >70% - de um único tipo mineral), misto (também apenas uma camada identificável, porém sem predomínio de um único mineral) ou composto (presença de mais de uma camada de composição mineral diferente). Atualmente existem dois métodos de análise da composição mineral de cálculo: análise qualitativa e quantitativa, porém apenas a quantitativa permite a determinação do percentual das diferentes composições minerais e permitem a subdivisão de determinados tipos minerais, como o oxalato de cálcio monohidratado e oxalato de cálcio dihidratado, ou ácido úrico, urato de amônio e xantina, além de ser um método mais sensível e específico.
Prazo: 20 dias úteis
Código: 849
http://www.vetlaboratorio.com.br/vetlab.php?mID=37&iID=65&bid=96
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