O fenobarbital (FB) é o fármaco de escolha inicial para o tratamento de crises epilépticas em cães devido a sua eficácia, ao baixo custo e à mínima toxicidade. Este princípio ativo é um barbiturato que atua mediante a elevação do limiar de excitabilidade elétrica e encurtamento da duração das pós-descargas na porção motora do córtex.
A dose usual de ataque é de 2,5mg/kg por via oral, duas vezes ao dia. Alguns cães necessitam de 5mg/kg duas vezes ao dia para atingir níveis sanguíneos terapêuticos, conforme KORNEGAY (2006).
Emprega-se a dosagem mais baixa se as crises forem eventuais e ocorrerem como episódios isolados. Se as crises convulsivas forem frequentes ou tiverem tendência ao acúmulo, recomendam-se doses mais elevadas.
Para o monitoramento terapêutico, considera-se ideal a avaliação das concentrações declinantes do fenobarbital uma vez a cada duas ou três semanas, até que o nível sérico esteja no limite terapêutico de 15 a 45μg/ml. Em alguns cães podem ser necessárias dosagens de até 10 a 20 mg/kg por dia para manter estes níveis sanguíneos terapêuticos. A resposta ao tratamento é mais relevante que a concentração sérica, mas o monitoramento dos níveis sanguíneos do fármaco pode ajudar a determinar a causa do controle inadequado das crises convulsivas e o efeito hepatotóxico.
Durante o tratamento pode-se empregar uma fórmula que possibilita o ajuste da dosagem do fenobarbital:
Nova dose = dose antiga (mg) X (concentração sérica de FP desejada / concentração sérica de FP mensurada)
O quadro de hepatotoxicidade ocorre em um pequeno número de casos, sendo menos frequente que no uso de outros anticonvulsivantes. A concentração de fosfatase alcalina (FA) pode estar acima dos limites de referência, enquanto o nível de alanina aminotransferase (ALT) costuma estar no limite normal superior.
Os ácidos biliares não são alterados, a menos que ocorra uma hepatotoxidade. Esta característica faz deste exame o melhor para controle hepático em animais em uso do fenobarbital.
Determinados animais que recebem este fármaco podem ter alterações no funcionamento da tireóide. Tanto a tiroxina livre (T4L), como a tiroxina sérica (T4) podem se encontrar reduzidas em comparação a animais não tratados.
Os pacientes que não conseguem ser controlados com níveis adequados de fenobarbital podem ser considerados refratários e deverão ser submetidos à terapia de combinação com o brometo de potássio.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
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