VetLab Medicina Laboratorial Veterinária

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Novo Perfil: Auto-imune

Novo Pefil: Auto-imune (coletar sangue em 1 tubo com EDATA e um sem anticoagulante)




- Anticorpo Antinuclear (ANA)

- Fator Reumatóide Canino

- Hemograma Completo

- Teste de Coombs Canino



Anticorpos específicos canino. Resultados em 5 dias.



O lúpus eritematoso sistémico (LES) é considerado o protótipo das doenças autoimunes sistémicas e, devido à diversidade de sintomas que podem estar presentes, é conhecido como “o grande imitador”. A etiologia da doença é desconhecida, mas atualmente é atribuído um papel importante às alterações do sistema imunitário, à componente genética e a diversos fatores externos. Apesar de na doença humana se verificar uma susceptibilidade relacionada com o sexo feminino, nos cães isto não parece acontecer, sendo afetados de modo idêntico ambos os sexos. O paciente típico tem cerca de 5 anos de idade e existem algumas raças com maior predisposição para a doença, como o Pastor Alemão, o Pastor de Shetland, o Galgo Afegão e o Beagle, entre outros. O LES caracteriza-se principalmente por uma reação de hipersensibilidade do tipo III, com formação de auto anticorpos, dirigidos principalmente a material nuclear, e complexos imunes. A deposição dos imunocomplexos nos diferentes órgãos é a principal responsável pela sintomatologia, sendo mais frequentemente afetados os rins, a pele e as articulações e existindo normalmente períodos de remissão e períodos em que a doença está mais ativa.

Não existe um teste 100% específico para o LES canino e as alterações clínicas e laboratoriais não são exclusivas da doença. Como tal, deverão ser seguidos alguns critérios, adaptados da doença humana, a fim de se fazer o diagnóstico definitivo.

Animais suspeitos que apresentem anemia e/ou trombocitopénia poderão ser feitos o teste de Coombs para avaliar a presença de anticorpos anti-hemácia.

Os ANA são considerados a base essencial do diagnóstico biológico de LES em todas as espécies.



Um dos modos de interpretação mais utilizados propõe que o diagnóstico definitivo seja feito quando se verifica a presença de ANA e dois sinais maiores ou um maior e dois menores, sendo o diagnóstico provável quando existem AAN e um sinal maior ou dois menores (Gorman & Werner, 1986, citado por Dunn, 1998).






A importância do substrato utilizado é bastante evidente (Hansson, Trowald-Wigh &


Karlsson-Parra, 1996; Hansson & Karlsson-Parra, 1999). Inicialmente começaram por ser

usadas secções de órgãos de roedor, principalmente fígado e rim, mas a mudança para a

linha celular human epithelial 2 (HEp-2) permitiu aumentar a sensibilidade e a especificidade

do teste (Kavanaugh et al., 2000; Keren, 2000). Estas não são, porém, as únicas vantagens.

Depois de sujeita ao teste, a amostra é analisada através de microscopia de fluorescência e

é possível discernir diferentes padrões de fluorescência (Hansson-Hamlin, Lilliehöök &

Trowald-Wigh 2006) – homogéneo ou difuso, periférico, reticulado ou nodular e nucleolar

(Dunn, 1998).
 

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