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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Especialista alerta sobre a leishmaniose visceral canina e apresenta dicas que auxiliam na prevenção



Fonte: www.folhadointerior.com.br

Doença está presente em quase todo o País e ameaça a saúde dos animais e dos seres humanos

A disseminação da leishmaniose visceral canina (LVC) é uma realidade em várias regiões brasileiras. Considerada uma doença infecciosa de caráter crônico, a leishmaniose visceral (LV) pode afetar animais e humanos, o que a torna uma das principais zoonoses mundiais, com casos notificados em 88 países, distribuídos em quatro continentes. No Brasil, a LV apresenta uma ampla distribuição geográfica, além de ser uma ameaça presente durante todo o ano, em todas as regiões do País.

Confira abaixo as cinco principais dúvidas que envolvem a LVC e alguns métodos que auxiliam na prevenção da doença, comentados pelo Dr. Vitor Márcio Ribeiro, PHD em Parasitologia e Professor de doenças infectocontagiosas na Escola de Veterinária da PUC Minas.

1. O que é leishmaniose visceral canina (LVC) e qual o principal transmissor da doença?

Dr. Victor Márcio Ribeiro: A LVC é uma doença transmitida pelo flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, um pequeno inseto alado conhecido popularmente como Mosquito Palha, Cangalhinha ou Birigui, que quando infectado com o protozoário Leishmania infantum, o dissemina para diversos hospedeiros. O cachorro é considerado o principal hospedeiro em ambientes urbanos, entretanto, animais silvestres, gatos e até mesmo o homem podem ser infectados. Segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, na última década foram registrados mais de 34 mil casos humanos no país, sendo observados o aumento da taxa de letalidade e a disseminação para novas áreas, incluindo as urbanas, tornando a doença um grave problema de saúde pública no Brasil.

2. Quais são os principais sintomas observados nos animais afetados pela LVC?

Dr. Victor Márcio Ribeiro: É importante salientar que cerca de 60% dos animais infectados não apresentam sintomas. Nos sintomáticos podem ser observadas desde lesões na pele, como descamação e feridas na região do focinho, cotovelo, orelhas e cauda, até sintomas sistêmicos, como apatia, perda de peso, crescimento anormal das unhas, alterações oculares (conjuntivites, inflamações da córnea e pálpebras), artrites, diarreias, vômitos e sangramento intestinal. Nos casos mais graves, pode ocorrer o comprometimento de rins, baço e fígado. Em qualquer dessas situações, a consulta com um especialista médico veterinário se torna essencial.

3. Como a LVC é diagnosticada?

Dr. Victor Márcio Ribeiro: Muitos animais podem estar infectados e não manifestar sintomas. Isso ocorre quando o animal é resistente ao protozoário ou quando a doença está em período de incubação. O diagnóstico só pode ser confirmado por meio de exames laboratoriais, que são solicitados pelo médico veterinário especializado. Somente o médico veterinário esta apto a avaliar o estado de saúde do animal e a interpretar os exames realizados.

4. Meu animal foi diagnosticado com a LVC. E agora?

Dr. Victor Márcio Ribeiro: Para evitar a disseminação dos focos da doença no país e a consequente contaminação dos animais, é importante que os proprietários mantenham atitudes preventivas. Uma delas é a utilização de inseticidas específicos no ambiente ou diretamente nos cães. Entre os inseticidas centrados nos cães, podemos citar o Advantage® Max3, da Saúde Animal da Bayer HealthCare. Esse produto, à base de permetrina, repele o inseto e protege o cão da picada, evitando assim que ele seja infectado. Esse e outros produtos disponíveis no mercado, além da repelência ao inseto transmissor da Leishmania infantum, o que impede as suas picadas, também podem possuir eficácia contra pulgas e carrapatos.

Outras ações preventivas podem minimizar os riscos de transmissão, como por exemplo, evitar passear com o animal ao amanhecer, final da tarde ou durante a noite, períodos em que há maior atividade do inseto transmissor; colocar telas protetoras especiais contra flebotomíneos (seus orifícios são a metade do tamanho usados na proteção contra os mosquitos) em portas e janelas e, nos quintais, retirar matéria orgânica, como raízes, frutas e folhas de plantas no solo, a fim de eliminar criadouros desses insetos. Todas essas ações preventivas minimizam os riscos de contágio do animal, especialmente nas cidades com grande número de casos registrados. No Brasil, também há vacinas que auxiliam na proteção dos cães.

E lembre-se, sempre procure um médico veterinário antes de qualquer decisão sobre a doença. Somente este profissional compreende o quanto o animal é precioso e importante em sua vida.

5. Existem formas de prevenir a contaminação do animal?

Dr. Victor Márcio Ribeiro: Para evitar a disseminação dos focos da doença no país e a consequente contaminação dos animais, é importante que os proprietários mantenham atitudes preventivas. Uma delas é a utilização de inseticidas específicos no ambiente ou diretamente nos cães. Entre os inseticidas centrados nos cães, podemos citar o Advantage® Max3, da Saúde Animal da Bayer HealthCare. Esse produto, à base de permetrina, repele o inseto e protege o cão da picada, evitando assim que ele seja infectado. Esse e outros produtos disponíveis no mercado, além da repelência ao inseto transmissor da Leishmania infantum, o que impede as suas picadas, também podem possuir eficácia contra pulgas e carrapatos.

Outras ações preventivas podem minimizar os riscos de transmissão, como por exemplo, evitar passear com o animal ao amanhecer, final da tarde ou durante a noite, períodos em que há maior atividade do inseto transmissor; colocar telas protetoras especiais contra flebotomíneos (seus orifícios são a metade do tamanho usados na proteção contra os mosquitos) em portas e janelas e, nos quintais, retirar matéria orgânica, como raízes, frutas e folhas de plantas no solo, a fim de eliminar criadouros desses insetos. Todas essas ações preventivas minimizam os riscos de contágio do animal, especialmente nas cidades com grande número de casos registrados.

O VETLAB OFERECE OS SEGUINTES EXAME SPARA LEISHMANIOSE

Leishmaniose canina (ELISA e RIFI)
Material:
1,0 ml de soro.
Método: ELISA e RIFI
Comentários: Este método pode apresentar reação cruzada com erliquiose. Em inquéritos epidemiológicos extensos é o método mais utilizado. Os cães positivos devem avaliados por um medico veterinário para conclusão do diagnóstico. Podemos encontrar anemia normocrômica Leucopenia com neutropenia, eosinopenia, monocitose e pode haver linfocitose relativa. Trombocitopenia em graus variados quando associada a fenômenos hemorrágicos. Pode ocorrer inversão das frações albumina e globulina. Transaminases elevadas alem de bilirrubinas discretamente alteradas, proteinúria, hematúria, alterações da função renal podem ocorrer, quando ha comprometimento deste órgão. Animais com menos de 3 meses de idade não devem ser avaliados por meio de métodos sorológicos, pois podem apresentar resultados positivos pela presença de anticorpos maternos
Prazo: 4 dias úteis.
Código: 603

Leishmaniose canina RIFI com diluição plena
Material: 1,0 ml de soro.
Método: RIFI
Prazo: 4 dias úteis.
Código: 675

Leishmaniose anti-rK39
Material: 1,0 ml de soro ou plasma em EDTA
Método: Imunocromatografia anti-rK 39
Comentários: Comparando-se a utilização do teste anti-rK39 com o Elisa com antígeno bruto, concluiu-se que o teste cromatográfico anti-rK39 é capaz de detectar infecção ativa em cães com diferentes formas clínicas da doença, uma vez que a sensibilidade do teste anti-rK39 foi de 83% com especificidade de 100%
Prazo: Mesmo dia.
Código: 798

Leishmaniose Cutânea - Imprint
Material: Lâminas.
Condições de coleta: Lavar abundantemente a lesão com solução fisiológica estéril. Essa limpeza deve ser feita para que não haja contaminação do esfregaço por cocos que, normalmente, recobrem a ulcera. Secar a lesão com gaze esterilizada e raspar com alça bacteriológica as bordas da lesão tentando, delicadamente, alcançar a região do fundo da ulcera, logo abaixo da borda. Esperar a exsudação do plasma e colhe-lo. Fazer no mínimo 4 esfregaços em locais diferentes, usando laminas limpas e desengorduradas. Deixar os esfregaços secarem ao ar.
Outro método simples, consiste em comprimir a lamina contra a superfície cruenta da lesão, apos remover crostas ou escarifcar as lesões não ulceradas, forçando a saída do exsudato onde poderão ser encontrados os parasitos. Esse método da bons resultados em lesões iniciais sem infecção bacteriana associada. Enviar o mais rápido possível.
Método: Microscopia.
Prazo: 1dia.
Código: 83

Leishmaniose - PCR
Material: 2,0ml de sangue em EDTA, punção de medula, punção de linfonodo ou amostra de pele em solução fisiológica.
Método: PCR
Condições de envio: Refrigerado.
Condições de coleta: Respeitar o intervalo de 21 dias após vacinação.
Prazo: 8 dias, 12 dias quando a amostra for pele
Código: 274

Leishmaniose quantitativo - PCR
Material: 2,0ml de sangue em EDTA, punção de medula, punção de linfonodo ou amostra de pele em solução fisiológica.
Método: PCR Real Time (qPCR)
Condições de envio: Refrigerado.
Comentários: A abordagem quantitativa pode ser útil no monitoramento da carga parasitária em amostras biológicas (medula e linfonodo) de cães.
Prazo: 20 dias
Código: 797
Mais infomações: http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas-e-veterinarios/manual-de-exames/

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