VetLab Medicina Laboratorial Veterinária

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

ESTUDO DA CALCEMIA

O cálcio é um íon essencial para vários processos vitais ao corpo, tais como potências de ação, formação óssea, etc. As concentrações de cálcio circulantes flutuam através da regulação de três principais sítios responsáveis pelo transporte e estoque do cálcio (intestino, rim e osso).
A concentração de cálcio sérico total é mantida através de um mecanismo de feedback rigoroso e estão envolvidos neste controle os hormônios 1,25-diidroxivitamina D e hormônio da paratireoide .
A hipercalcemia é um problema clínico relativamente comum, que ocorre quando a quantidade de cálcio que entra na circulação a partir dos sítios de absorção excede a excreção de cálcio através do rim e a sua deposição no osso.
Isso acontece quando há uma reabsorção óssea acelerada, absorção gastrointestinal excessiva e/ou diminuição da excreção renal de cálcio. As principais causas de hipercalcemia são o hiperparatireoidismo primário e as neoplasias malignas, sendo ambas responsáveis por mais de 90% dos casos de hipercalcemia.
Apesar de a hipercalcemia ser um problema comum na prática clínica, muitas vezes, seu diagnóstico e manejo são pouco discutidos em nível ambulatorial.
Uma das dúvidas mais comuns do médico clínico é quando solicitar o cálcio ionizado em vez do cálcio total. A medida do cálcio total compreende o cálcio ionizado (ou livre), o cálcio ligado a proteínas e o cálcio complexado a pequenos aníons inorgânicos e orgânicos. Em indivíduos normais, esta distribuição se dá da seguinte maneira: 50% do cálcio total é composto pelo cálcio livre, 40% pelo cálcio ligado a proteínas e 10% pelo cálcio complexado.
Esta relação se mantém estável desde que não haja alteração do pH e das proteínas séricas. Em indivíduos sem essas alterações, a aferição do cálcio total é extremamente confiável e não existe motivo para a solicitação de cálcio ionizado.

A correção do cálcio pelos níveis séricos de albumina é uma ferramenta útil em pacientes idosos e desnutridos; todavia, estudos atuais mostram que esta não deve ser utilizada em pacientes renais crônicos, indivíduos internados em unidades de terapia intensiva ou indivíduos em que, além da alteração das proteínas séricas, apresentem também alteração do pH sérico. Nesses casos, se deve solicitar o cálcio ionizado.

NOVO PAINEL
ESTUDO DA CALCEMIA - é uma ferramenta de diagnóstico para auxiliar no diagnóstico das causas de hiper e hipocalcemia.
Exames realizados: 
PTH 1-84
Vitamina D3 (25 dihidroxi)
Cálcio Ionizado
Cálcio Total
Fósforo
Relação Cálcio : Fósforo
Hipo / hipercalcemia pode ser causado por uma grande variedade de doenças. Estas doenças podem ser classificadas naquelas que são dependentes da PTH ou independentes da PTH, tornando assim a medição da PTH vital na classificação da hipo / hipercalcemia.
A hormona paratiróide (PTH) 1‑84 é o péptido de 84 aminoácidos de cadeia simples de comprimento total produzido pelas glândulas paratiróides em resposta à diminuição das concentrações extracelulares de cálcio ionizado. O seu papel principal consiste em aumentar os níveis séricos de cálcio mediante a estimulação da libertação de cálcio a partir do osso e a respectiva reabsorção renal no túbulo distal. No túbulo proximal, a PTH estimula a síntese do calcitriol, que por sua vez aumenta a absorção intestinal de cálcio e exerce uma resposta endócrina na secreção da PTH ao nível da paratiróide. A PTH diminui também a reabsorção renal do fosfato no túbulo proximal, diminuindo desta forma o fosfato sérico
Os distúrbios de funcionamento da glândula paratiróide provocam o aumento (hipercalcemia) ou a diminuição (hipocalcemia) do nível de cálcio no sangue através de uma alteração da secreção de PTH. A detecção do hipofuncionamento da glândula paratiróide (hipoparatiroidismo) exige um teste de sensibilidade elevada para poder detectar um nível de PTH que se encontre substancialmente abaixo do normal.
O ensaio PTH (1‑84) é um ensaio de PTH de última geração, porque mede especificamente a molécula biologicamente intacta de PTH, a PTH (1‑84). Este dado pode ser vantajoso em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que ficou demonstrado que os fragmentos de PTH (i.e. PTH 7‑84) se acumulam nos doentes renais, presumivelmente devido a uma redução da excreção.
Níveis baixos de magnésio provocam diminuição dos níveis de cálcio resistente à regulação pela vitamina D e pelo paratormônio. Para recuperar a função normal, é necessária a reposição simultânea de magnésio e de cálcio.
A vitamina D não é fabricada na pele de cães e gatos, como é em seres humanos. Eles obtêm toda a sua vitamina D de seus alimentos, ou de suplementos.
Estudos verificaram que a maioria dos cães e gatos têm níveis insuficientes de vitamina D no sangue.
Insuficiente não significa deficiência. Uma deficiência de vitamina D causará raquitismo que está associado com deformidades ósseas.
Insuficiências da vitamina D em cães tem sido associada a uma série de doenças graves tais como muitos tipos de tumores, doença inflamatória do intestino, doença cardíaca, doença renal, hepatite inflamatória, doença auto-imune e mesmo lesões orais em felinos.
Por que dosar o PTH 1-84
Os ensaios de PTH mais antigos como os de Radioimunoensaios PTH intacto, ainda reconhecem a fração 7-84 do PTH. Esses ensaios, desenvolvidos na década de 1980, ainda são os mais utilizados na prática clínica atual. Diversas evidências indicam que o fragmento PTH (7-84) contrapõe-se à ação de ressorção óssea do PTH (1-84). Portanto, é possível que a influência do PTH sobre o tecido ósseo seja mais bem avaliada considerando-se não a concentração absoluta dos níveis de PTH, mas as concentrações dos diversos peptídeos com capacidade de influenciar a ação óssea desse hormônio. Esse problema torna-se particularmente importante na IRC, situação em que a secreção de PTH (7-84), bem como de outras frações que podem não ser reconhecidas pelo iPTH, aumenta significativamente.
Mais recentemente, surgiram os ensaios de PTH de terceira geração, PTH 1-84, os quais devem reconhecer apenas o hormônio biologicamente ativo, sinalizando a possibilidade de avanço na avaliação do hiperparatireoidismo secundário da IRC.
O ensaio PTH (1‑84) é um ensaio de PTH de última geração, porque mede especificamente a molécula biologicamente intacta de PTH, a PTH (1‑84). Este dado pode ser vantajoso em doentes com insuficiência renal crônica, uma vez que ficou demonstrado que os fragmentos de PTH (i.e. PTH 7‑84) se acumulam nos doentes renais, presumivelmente devido a uma redução da excreção.

http://vetlaboratorio.com.br/vetlab.php?mID=37&iID=65&bid=474

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Suplementação com vitamina D3






Calcitriol, mais conhecido como Vitamina D3 (1,25 dihidroxi) são nomes para a vitamina D3 ativa. Ele é usado para o controle do hiperparatireoidismo secundário renal e gerir hipocalcemia (níveis baixos de cálcio no sangue).
A bioquímica da vitamina D é diferente da das outras vitaminas, na verdade é um hormônio, cuja atividade está relacionada com o paratormônio (PTH).
Calcitriol pode ser administrado terapeuticamente para cães ou gatos com insuficiência renal para melhorar a sua condição.
Calcitriol aumenta a absorção de cálcio e de fosfato a partir do intestino, mobiliza o cálcio e fosfato a partir dos ossos e inibe a excreção renal desses minerais. Todos estes efeitos causam elevação de cálcio e fosfato no sangue.
Na insuficiência renal, a produção de calcitriol é reduzida. O cálcio no sangue diminui e o fósforo aumenta. PTH é secretado em maiores quantidades (isto é, hiperparatireoidismo secundário renal) mobilizando cálcio dos ossos. O cálcio combinado com o fosfato formam fosfato de cálcio, que é depositado nos tecidos moles. Em casos avançados os ossos podem tornar-se flexíveis (por exemplo, mandíbula de borracha). Altos níveis de PTH são tóxicos. A libertação de PTH pode ser suprimida pelo calcitriol. As doses devem ser suficientes para suprimir o PTH, sem aumentar substancialmente a retenção de fósforo.
Calcitriol tem efeitos positivos sobre o bem-estar, apetite, atividade, força e tempo de vida dos pacientes renais atribuível principalmente por manter os níveis de PTH abaixo de um limiar tóxico.
É aconselhável sempre dosar calcitriol, PTH, cálcio ionizável e fósforo no sangue antes e durante o uso de vitamina D3.

Usos de Calcitriol para cães e gatos:
Controle do hiperparatiroidismo secundário renal.
Gestão de hipocalcemia
Também tem sido usado para tratar seborréia idiopática
Também pode ser utilizado para certos tipos de câncer, como Mastocitomas.

Precauções e Efeitos Colaterais
Embora geralmente seguro e eficaz, calcitriol pode causar efeitos colaterais em alguns animais.
Calcitriol não deve ser utilizado em animais com cálcio elevado no sangue (hipercalcemia), fósforo arterial elevada (hiperfosfatemia) e síndromes de má absorção.
Como o calcitriol é útil na prevenção da progressão da doença renal, os pacientes devem ser tratados nos primeiros estágios da doença (SDMA > 14,0). É melhor empregar o calcitriol antes dos níveis de fósforo atingirem 6,0 mg / dL.
Se necessário, o níveis de fósforo podem ser reduzidos com quelantes e dieta antes da terapia com calcitriol.

Informações de dosagem de Calcitriol para cães e gatos
Em cães, a dose inicial usual de calcitriol é de 2 a 3 ng / kg uma vez por dia para o tratamento de hiperparatiroidismo secundário renal. A dose deve ser acompanhada de acordo com o resultados dos exames de sangue.
Em gatos, a dose inicial usual de calcitriol é de 1,5 a 3,5 ng / kg uma vez por dia para o tratamento de hiperparatiroidismo renal secundária. A dose deve ser acompanhada de acordo com o resultados dos exames de sangue.
Calcitriol deve ser dado com o estômago vazio.
Durante o tratamento com calcitriol, os exames de sangue devem ser realizados para medição de cálcio ionizável, fósforo, PTH e calcitriol.
A duração da administração depende da condição a ser tratada, da resposta à medicação e o desenvolvimento de quaisquer efeitos adversos.

Vitamina D3 (Calcitriol – 1,25 dihidroxi)
Material: 2,0 ml de soro.
Condições de coleta: Jejum de 8 horas.
Outros laboratórios: Coletar do animal em jejum de 8 horas e centrifugar e congelar em tubo próprio o mais rápido possível.
Comentários: A vitamina D é derivado a partir do metabolismo do colesterol, ou a partir de fontes dietéticas. Calcidiol é convertido por 1α-hidroxilase em células tubulares renais para calcitriol (1,25-di-hidroxicolecalciferol). Calcitriol promove o aumento da as concentrações séricas do cálcio por absorção intestinal estimulando, reabsorção óssea, e reabsorção renal tubular proximal. Redução da massa renal, como pode ser visto na insuficiência renal crónica, pode resultar em insuficiência de síntese de calcitriol.
Código: 569

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Magnésio eritrocitário

Magnésio eritrocitário (Magnesio Intraeritrocitario, Magnesio Intracelular)

Material: 1,0ml de sangue total em heparina. Estabilidade: R - 7 dias.
Comentários: Colher pela manha, antes da tomada de vitaminas ou suplementos minerais. Enviar a temperatura ambiente. A amostra não deve estar em contato com o gelo. Elemento extremamente fácil de contaminação exógena. Evitar coletar amostra com luvas com talco. A amostra não deve ser manipulada para evitar hemólise.

Informar o uso de medicamentos e polivitaminicos.

O magnésio é, após o potássio, o segundo cátion mais abundante no fluido intracelular dos organismos vivos. É envolvido na maioria dos processos metabólicos, participando no evento da síntese proteica via DNA. Está envolvido na regulação da função mitocondrial, processos inflamatórios e defesa imune, alergia, crescimento e estresse, controle da atividade neuronal, excitabilidade cardíaca, transmissão neuromuscular, tônus vasomotor e pressão arterial.
A concentração sérica de magnésio é resultado de um balanço na ingestão/absorção do íon, biodistribuição dentro do organismo e excreção (tanto urinária quanto intestinal). O influxo de magnésio para dentro da célula e o seu efluxo são ligados a sistemas de transporte dependentes de carboidratos. A estimulação de receptores beta-adrenérgicos favorece o efluxo de magnésio, enquanto a insulina, o calcitriol e a vitamina B6 favorecem a sua entrada nas células.
Aproximadamente 53% do total de reservas de magnésio encontram-se no compartimento ósseo, 27% no músculo, 19% nos tecidos moles, 0,5% nos eritrócitos e 0,3% no soro. O magnésio muscular, aquele dos tecidos moles e eritrócitos, é considerado intracelular, estando ligado principalmente a quelantes como ATP, ADP, proteínas, RNA, DNA e citrato. Embora somente 5 a 10% do magnésio intracelular esteja sob a forma ionizada, esta fração é essencial para a regulação da homeostase intracelular.
A elevação dos níveis séricos de magnésio é geralmente encontrada em pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica, durante a administração de doses farmacológicas de magnésio.
A deficiência de magnésio é definida como uma redução no conteúdo corpóreo total de magnésio. As causas em geral são as doenças do trato gastrintestinal, como síndromes disabsortivas e pós-ressecções de intestino delgado. A hipomagnesemia também pode ser induzida por alimentação enteral prolongada sem suplementação de magnésio e pelo uso excessivo de laxativos. A hipomagnesemia é encontrada em pancreatite aguda e pacientes com controle inadequado do diabetes.
O diagnóstico de graus moderados e leves de deficiência de magnésio não é fácil, uma vez que as manifestações clínicas podem estar ausentes e os níveis séricos de magnésio não refletem o conteúdo corpóreo total do íon. Para estes casos o indicado é a dosagem de  Magnésio Eritrocitário
Referência: 2,74±0,10 mmol/l (Bulletin UASVM, Veterinary Medicine 66(2)/2009 ISSN 1843-5270; Electronic ISSN 1843-5378 Magnesium in Canine Epilepsy NEAGU Daniela Mihaela, Elena ZINVELIU, C. POPOVICI, G.GIURGIU, M. MIRCEAN, I. SCURTU)
Prazo: 7 dias.
Código: 959

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Hipertireoidismo felino

T4 Total
Material: 1,0 ml de soro. Enviar em até 5 dias refrigerado ou congelado por tempo indefinido.
Condições de coleta: Jejum não obrigatório. Para controlar a dose do medicamento dosar T4 Total e TSH após 4 semanas do início do uso, 4 ou 6 horas após a medicação, os níveis de T4 total em caninos devem estar entre 25 a 45 ng/ml e TSH< 0,6. Para coleta após interromper o medicamento aguardar uma semana antes da coleta.
Indicação: Suspeita de hipotireoidismo, controle de hipotireoidismo e suspeita de hipertireoidismo
Outros laboratórios: Enviar em até 4 dias refrigerado.
Doenças que Diminuem os Níveis de T4 Séricos: Hipotireoidismo, Deficiência de calorias e/ou proteína, Diabetes mellitus, Hiperadrenocorticismo, Hepatopatias, Hipoadrenocorticismo, Insuficiência renal, Afecções neuro, musculares e Pioderma.
Medicamentos que Diminuem os Níveis de T4 Séricos: Fenitoína, Salicilato, Flunixin Meglumine, Glicocorticóides, Mitotano, Anabolizantes, Halotano, Tiopental, Metoxiflurano, Furosemida, Ácidos Graxos, Fenobarbital e Fenilbutazona.
Método: Quimioluminescência.
Pesquisa: Não podemos realizar em murinos pois a fase sólida do kit é revestida com anticorpo de murinos anti-T4.
Prazo: 1 dia
Código: 527

T4 Total - RIE
Material: 1,0 ml de soro. Enviar em até 5 dias refrigerado ou congelado por tempo indefinido.
Condições de coleta: Jejum não obrigatório. Para controlar a dose do medicamento dosar T4 Total e TSH após 4 semanas do início do uso, 4 ou 6 horas após a medicação, os níveis de T4 total em caninos devem estar entre 25 a 45 ng/ml e TSH< 0,6. Para coleta após interromper o medicamento aguardar uma semana antes da coleta.
Indicação: Suspeita de hipotireoidismo, controle de hipotireoidismo e suspeita de hipertireoidismo
Outros laboratórios: Enviar em até 4 dias refrigerado.
Doenças que Diminuem os Níveis de T4 Séricos: Hipotireoidismo, Deficiência de calorias e/ou proteína, Diabetes mellitus, Hiperadrenocorticismo, Hepatopatias, Hipoadrenocorticismo, Insuficiência renal, Afecções neuro, musculares e Pioderma.
Medicamentos que Diminuem os Níveis de T4 Séricos: Fenitoína, Salicilato, Flunixin Meglumine, Glicocorticóides, Mitotano, Anabolizantes, Halotano, Tiopental, Metoxiflurano, Furosemida, Ácidos Graxos, Fenobarbital e Fenilbutazona.
Método: Radioimunoensaio
Prazo: 2 dias úteis
Código: 530









quinta-feira, 29 de maio de 2014

VetLab obteve 100% de desempenho no ensaio de proficiência em Anemia Infecciosa Equina (AIE)

A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença que ocorre somente em animais da família equídea (equinos, muares e asininos). Está distribuída por todo o mundo, com maior prevalência em áreas geográficas de clima quente e úmido. Não tem tratamento nem vacina, portanto o seu controle é feito pelo isolamento e sacrifício ou segregação dos animais soropositivos.


Desta forma um diagnóstico preciso é ainda mais importante.

O VetLab obteve 100% de desempenho no ensaio de proficiência em Anemia Infecciosa Equina (AIE), realizado pela Rede Metrológica do Rio Grande do Sul (RMRS). O teste avalia a qualidade dos serviços prestados por laboratórios integrantes da rede nacional, cadastrados no Ministério da Agricultura (MAPA).


Os laboratórios que realizam o exame de AIE tem que estar acreditados no INMETRO até 30/06/2014. A participação nos ensaios de proficiência é pré-requisito para acreditação do laboratório junto ao Inmetro na Norma ABNT NBR ISO/IEC 17.025.


O VetLab é acreditado pelo INMETRO para o exame de AIE.

Até hoje apenas 9 laboratórios no Brasil estão acreditados, sendo o VetLab o único do estado do Rio.


http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rble/lista_laboratorios.asp?sigLab=&codLab=&tituloLab=&uf=&pais=&classe_ensaio=&area_atividade=&descr_escopo=equina&Submit2=Buscar





quarta-feira, 16 de abril de 2014

Acreditação INMETRO

"Realizar exames Veterinários com qualidade, confiança, segurança e rastreabilidade de todas as etapas, com o objetivo de melhorar continuamente o Sistema da Gestão da Qualidade, demonstrando o comprometimento e atendimento as necessidades dos clientes e das autoridades regulamentadoras com base na norma ABNT NRB ISO/IEC 17025:2005."

Este é o objetivo do VetLab e somos o primeiro laboratório do estado do Rio de Janeiro a conseguir a acreditação. Veja escopo no site do INMETRO clique aqui

Gostaríamos de informar as exigências solicitadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) aos laboratórios credenciados para o exame de Anemia Infecciosa Equina ( AIE) e comunicar a nova exigência desse órgão : a implantação da IN Nº 57 de 11/12/13 . Essa Instrução Normativa estipula o prazo até 30 de junho de 2014, a partir da sua publicação (12/12/2013), para que os laboratórios credenciados refaçam o credenciamento já com a ISO 17025 (tenha certificação do INMETRO), ou seja, os exames de AIE terão que sair com selo do INMETRO.

http://www.vetlaboratorio.com.br/vetlab.php?mID=37&iID=99

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Cryptosporidium em cães

A frequência de infecções por Cryptosporidium em cães é pouco conhecida e acredita-se que a maioria dos cães infectados sejam portadores assintomáticos. Os quadros clínicos de gastrenterite em cães, apesar de pouco frequentes, geralmente estão associados a condições de stress e imunosupressão (ROBERTSON et al., 2000).
Cães infectados com Cryptosporidium spp. podem contaminar o meio, tornando o solo, a água (tanto potável como aquela utilizada na irrigação e também de recreação) e até moluscos comestíveis, fontes de infecção para o ser humano.
Os sinais clínicos da criptosporidiose em cães variam desde uma infecção assintomática até a ocorrência de diarréia crônica ou intermitente (GREENE et al., 1990; RIGGS, 1990). Síndrome da má absorção atribuída à infecção por Cryptosporidium spp. foi registrada por Greene et al. (1990). Associação com o vírus da cinomose foi observada por Aydn et al. (2004). Gonzales et al.(2003), observaram atrofia mediana das vilosidades do jejuno do animal, com achatamento e fusão das microvilosidades até seu total desaparecimento.Criptas intestinais edemaciadas e apresentandoalterações degenerativas também foram observadaspelos autores.

Gennari et al. (1999), na cidade de São Paulo, observaram 2,83% de animais infectados. Lindsay e Zajac (2004) informam que até 44,8% dos cães podem ser portadores da infecção por Cryptosporidium spp. Na cidade de Lages, Marques et al. (2005) encontraram 10% (10/100) dos cães avaliados eliminando oocistos de Cryptosporidium spp.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

FELV – Teste confirmatório

Vírus da Leucemia Felina (FELV) – Imunofluorescência

Material: 2,0ml de sangue total em tubo com EDTA (enviar refrigerado em até 48 horas) ou 3 esfregaços de sangue ou medula óssea sem conservantes EDTA (enviar a temperatura ambiente em até 5 dias)
Método: Imunofluorescência
Comentários: Teste confirmatório do teste rápido. ELISA ou Imunocromatografia positivo e Imunofluorescência positivo indica infecção persistente.
ELISA ou Imunocromatografia positivo e Imunofluorescência  negativo, resultados discordantes:  infecção focal ou viremia transitória. Sugerir novo teste por ELISA e Imunofluorescência em 30-60 dias (American Association of Feline Practitioners  e Academy of Feline Medicine).
Resultados falso-negativos podem ocorrer se a lâmina enviada estiver mal preparada, com leucopenia ou se houver baixo número de células infectadas.
Prazo: 4 dias
Código: 905

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Diagnóstico de tiroidite linfocitária

A tiroidite linfocitária passa por várias fases, podendo ou não durante a  progressão da doença observar-se hipotiroidismo clínico. Graham, Refsal & Nachreiner  (2007) referem as seguintes fases:
1- Tiroidite subclínica, em que há infiltração de linfócitos na glândula, com carácter focal,  dispondo-se os linfócitos muitas vezes à periferia dos folículos tiroideus. A glândula tem um  aspecto histológico normal na sua quase totalidade. Neste estágio da doença, a única alteração  laboratorial é a presença de anticorpos anti-tiroglobulina.
2- Hipotiroidismo subclínico com presença de anticorpos anti-tiroglobulina. Neste estágio da  doença há uma alteração patológica da tiróide em 60 a 70% da sua massa; laboratorialmente  há uma elevação da TSH para estimular o restante tecido da tireóide, de modo a manter os níveis séricos de T4 dentro da normalidade. Nesta fase as células epiteliais foliculares alteram a sua forma histológica de cuboidais para colunares. Para além do já referido aumento da concentração de TSH, observa-se também a presença de anticorpos contra a tiroglobulina, mantendo-se as concentrações séricas de T4 e T3 dentro dos parâmetros normais.
3- Hipotiroidismo clínico com presença de anticorpos. Este estágio atinge-se quando quase  todo o tecido funcional da tireóide foi destruído pela inflamação, e a concentração de T4 não  se mantém estável. Laboratorialmente, além da baixa concentração de T4, regista-se um  aumento na concentração sérica de TSH e existem anticorpos anti-tiroglobulina. Estes dados  laboratoriais, podem só ser encontrados após algum tempo do início dos sinais clínicos de  hipotiroidismo.
4- Hipotiroidismo com atrofia tiroideia e ausência de anticorpos anti-tiroglobulina. Há dados  que sugerem que haja substituição do tecido tiroideu normal por tecido adiposo e tecido  fibroso, com desaparecimento das células inflamatórias, o que vai levar à aparência  histológica de atrofia glandular. A ausência de inflamação nesta fase da doença é devida,  provavelmente, ao desaparecimento gradual de anticorpos da circulação sanguínea. Ainda está  por definir, qual o significado que os animais, que são examinados nesta fase poderão ter no total dos 50% dos animais que consideramos terem hipotiroidismo idiopático, por serem negativos para a presença de anticorpos anti-tiroglobulina.
Nem todos os animais que têm indícios de tiroidite linfocitária evoluem para hipotiroidismo, podendo haver uma progressão lenta ou limitada em alguns cães (Graham et al., 2001).

Anticorpos contra a tiroglobulina
Entre 36 a 50% dos cães com hipotiroidismo são positivos para a presença de anticorpos  contra a tiroglobulina. Estão atualmente disponíveis testes ELISA comerciais para a detecção destes anticorpos, alguns dos quais com valores elevados de especificidade, em que apenas 5% dos cães têm resultados falsos negativos devido a outras endocrinopatias. Estudos referem que a vacinação pode induzir a formação de anticorpos anti-tiroglobulina, mas num trabalho recente não se conseguiu demonstrar a relação causal (Scott-Moncrieff, Glickman, Glickman & HogenEsch, 2006).
Não está provado até ao momento, se todos os cães que apresentam tiroidite linfocitária desenvolvem hipotiroidismo. Num estudo em que 171 cães com anticorpos contra a tiroglobulina foram seguidos por um período de 12 meses observou-se que 4% desenvolveram hipotiroidismo, 13% apresentaram sinais de hipotiroidismo e em 15% os anticorpos desapareceram (Graham et al., 2001).
Especula-se que a progressão da tiroidite linfocitária varie consoante a raça. Deste modo, as  raças com maior incidência de anticorpos anti-tiroglobulina são o Golden retriever, Gran  Danois, Setter inglês e irlandês, Doberman pinscher, Old english sheepdog, Dálmata, Basenji,  Leão da rodésia, Boxer, Maltese terrier, Chesapeake Bay retriever, Cocker spaniel, Shetland  sheepdog, Siberian Husky, Border collie e Akita (Graham et al., 2001). Foi sugerido que, em  animais destinados à criação, deveriam ser realizados testes para a detecção da presença de  tiroidite linfocitária, numa tentativa de serem eliminadas as formas hereditárias dessa doença.  Contudo, permanece ainda por provar se esta medida é, ou não, efectiva (Ettinger & Feldman, 2005).
Animais positivos para anticorpos anti-tiroglobulina e com valores normais de concentração de tT4, fT4 e de TSH deveriam ser regularmente seguidos, reavaliando-se a função da tiróide pela realização de testes específicos em intervalos de tempo regulares (cada 3 a 6 meses). Assim, procura-se controlar a progressão da doença, e o tratamento do hipotiroidismo não deve ser considerado uma opção para estes cães. Além disso, estes animais não devem também ser considerados candidatos a uma terapêutica imunosupressora, pois, os efeitos adversos destas drogas são bastante mais graves do que a suplementação com l-tiroxina isoladamente. Este último caso justifica-se apenas se forem observados sinais ou testes funcionais indicativos da presença efectiva de hipotiroidismo (Ferguson, 2007).

Perfil Tireoidiano Canino Completo
Material: 2,0 ml de soro.
Condições de coleta: Jejum de 4 horas.
Exames realizados: TSH, T4 Livre por diálise, T4 Total, TgAA
Comentários: A maioria dos cães com hipotireoidismo apresenta valores de TT4 baixo (>90% deles), tornando este um teste com elevada sensibilidade no diagnóstico. Por outro lado, cães com outras doenças, muitas vezes, têm baixa de TT4 como parte de sua resposta fisiológica.
O teste de TSH tem > 90% de especificidade no diagnóstico de hipotireoidismo quando utilizado com T4 total ou T4 livre por diálise. Quimioluminescência é o teste mais preciso para dosagem de TSH.
A presença de TgAA no soro é fortemente sugestiva de tireoidite linfocítica imuno mediada que é responsável por mais da metade dos casos de hipotireoidismo canino.
Quase todo T4 circulante está ligado a proteínas transportadoras, deixando apenas uma pequena fração disponível para interagir com os tecidos. Esta fração livre pode ser mensurada por radioimunoensaio após diálise de equilíbrio. O efeito de outras doenças não representa tanta variação para o T4 livre por diálise.
A análise do T4 livre por diálise de equilíbrio é a maneira mais precisa de avaliar a tireóide de um animal. As amostras são dialisadas, separando o T4 livre das proteínas séricas.

Prazo: 5 dias úteis.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Chlamydophila spp

Chlamydophila spp. é um grupo incomum de bactérias intracelulares que infecta animais e também os seres humanos.
As Clamídias zoonóticas, com reservatórios em mamíferos são as C. psittaci (anteriormente Chlamydia psittaci, cepas aviárias), C. abortus (ex-Chlamydia psittaci, causam o aborto em mamíferos / sorotipo 1, C. felis (ex-Chlamydia psittaci, a estirpe felina) e provavelmente C. pneumonia (ex- -Chlamydia pneumoniae). C. felis, C. pneumonia e C. psittaci ocorrem em todo o mundo. C. abortus ocorre na maioria dos países com criação de ovelhas.
As Chlamydias zoonóticas são transmitidas normalmente por ingestão, aerossóis, ou inoculação direta no olho. A transmissão venérea também pode ser importante.
Portadores assintomáticos são comuns. Uma vez transmitida, os corpos elementares infecciosos da clamídia (metabolicamente inerte, relativamente estável no ambiente) persistem como comensais na mucosa ocular, respiratória, gastrointestinal e urogenital, onde podem causar infecções. Absorvida pelas células através de endocitose, elas se transformam depois de várias horas em corpos metabolicamente ativos. Dependendo da espécie e localização, os sinais clínicos podem variar de ceratoconjuntivite, aborto, doença respiratória com febre, pneumonia e tosse, glomerulonefrite, artrite ou infecções de pele.
Por razões epidemiológicas todos os animais suspeitos, com sinais clínicos, bem como os animais assintomáticos, devem ser testados.

O VetLab fornece  ao veterinário um diagnóstico rápido, para ajudar a indicar uma terapia específica acompanhado por medições profiláticas imediatas.

Chlamydophila psitacci - (Chlamydia psittaci ) - Clamidiose – Psitacose- Ornitose
Material: Aves: Fezes frescas refrigeradas, tecidos refrigerados ou sercreções em swabs sem meio refrigerados.
Felinos: sercreções em swabs sem meio refrigerados.
Comentários: A transmissão da C. psittaci ao homem ocorre principalmente pela inalação do microrganismo presente em penas e fezes secas ou em secreção respiratória de aves infectadas. Em aves, a transmissão ocorre principalmente por via aerógena, mediante a inalação de excretas secas e secreções nasal e ocular de aves infectadas. Outras vias de transmissão incluem ingestão de fezes contaminadas e por meio dos pais nomomento da alimentação dos filhotes no ninho.
Em estudo experimental com calopsitas, GUZMAN et al. (2010) detectaram o antígeno em animais infectados com a bactéria apenas no 16º dia após sua inoculação, período no qual surgiram os sinais clínicos.
Os sinais clínicos podem se apresentar de forma aguda, subaguda, crônica ou inaparente, dependendo do estado imunológico da ave, da espécie hospedeira, da patogenicidade do microrganismo, do grau de exposição à bactéria, da porta de entrada e da presença de outras doenças concomitantes. As formas subaguda ou crônica são típicas de espécies com baixa suscetibilidade ou infectadas com uma cepa de virulência moderada.
Um diagnóstico rápido e definitivo é necessário, devido ao potencial zoonótico da infecção.
O teste não necessita de organismos viáveis. Falso negativos são possíveis quando a quantidade de antígenos é insuficiente ou no caso de excreção intermitente da bactéria.

Prazo: Mesmo dia

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Leptospirose canina IgM

Leptospirose canina IgM


Material: Soro 0,5ml

Condições de coleta: Exame realizado apenas para caninos. Jejum não obrigatório. Enviar o sangue refrigerado (2o a 8o C) em até 2 dias.

Outros laboratórios: Enviar a amostra de soro ou plasma refrigerados (2o a 8o C) em até 7 dias ou congelado em até 20 dias.

Interpretação: Caninos reagem à doença através da produção de anticorpos antiLeptospira. A soroconversão pode ocorrer mais cedo de 5-7 dias após o aparecimento da doença. A doença aguda é caracterizada pela presença de anticorpos específicos da classe IgM.

A sensibilidade e especificidade do teste, depende de vários fatores, incluindo a fase da doença, o uso de antibióticos anterior ao teste, histórico de vacinação. O teste de aglutinação microscópica (SAM) é recomendado como um teste confirmatório e fornece o sorovar que está presente. Pode-se utilizar tambem em casos duvidosos teste de Elisa IgG.

Sensibilidade do teste: 100%

Especificidade do teste: 95,3%

Método: Imunoensaio Cromtográfico IgM

Prazo: Mesmo dia

Código: 882

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Qualidade VetLab


O objetivo de implantar um sistema de controle de qualidade é reconhecer e minimizar os erros analíticos no laboratório, permitindo avaliar a performance do laboratório. Tem por finalidade a obtenção de resultados confiáveis e seguros. Para atingir esse objetivo, a equipe de Garantia da Qualidade do laboratório implantou um Sistema de Controle da Qualidade que permite:
• Garantir a qualidade de todos os resultados obtidos na rotina diária;
• Tomar providências imediatas para eliminar as causas das não conformidades encontradas através de ações corretivas;
• Tomar  medidas  preventivas  para  evitar  uma  nova  ocorrência  das  não  conformidades encontradas.

No VetLab são empregados:

• Controle Interno da Qualidade
• Controle Externo da Qualidade ( Ensaios de Proficiência )

O controle de qualidade, composto por ensaio de proficiência e controle interno, avalia continuamente a fase analítica do laboratório. Ganhou importância com o tempo e passou a ser uma ferramenta fundamental para a operação de laboratórios em todo o mundo. Preconizado na ISO 17025 e outras normas similares voltadas para laboratórios de ensaio, é também requisito usual em processos de acreditação e até regulamentado em alguns setores, como para alimentos e produtos de uso veterinário pelo MAPA, para laboratórios clínicos pela RDC ANVISA 302/2005 e para hemoterapia pela RDC ANVISA 153/2004.

O ensaio de proficiência, também conhecido como controle externo, é uma prova prática periódica. Uma sistemática de avaliação do desempenho analítico, por meio da qual os laboratórios analisam materiais similares aos da rotina, para avaliar, ajustar e padronizar seus processos junto ao mercado.

O controle interno é responsável pelo monitoramento frequente da reprodutibilidade analítica, visando identificar e eliminar erros inerentes ao processo de análise.

Estes dois controles, aliados a uma gestão comprometida com a qualidade, promovem um profundo conhecimento dos processos de análise e garantem a confiabilidade dos resultados laboratoriais.

O primeiro programa de Controle de Qualidade Veterinário foi introduzido em 2006 pela ControlLab e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária. Desde o início o VetLab participa com excelência todos os anos e a partir de 2012 passou a realizar também  o ensaio de proficiência da Rede Metrológica do RS.

A ControlLab diferencia-se ainda por buscar o aprimoramento contínuo, fundamentado em qualidade e confiabilidade. Característica que proporcionaram à empresa diversos reconhecimentos, como ser o primeiro Provedor de Ensaio de Proficiência do Brasil habilitado pela ANVISA/REBLAS, em agosto/2001 e conquistar o selo ISO9001, com a chancela Bureau Veritas/Inmetro e Bureau Veritas /UKAS, em junho/2003.

A Rede Metrológica RS é uma das maiores provedoras da América do Sul de Ensaios de Proficiência, cadastrada no EPTIS (European Proficiency Testing Information System) desde novembro de 2006.

"Realizar exames Veterinários com qualidade, confiança, segurança e rastreabilidade de todas as etapas, com o objetivo de melhorar continuamente o Sistema da Gestão da Qualidade, demonstrando o comprometimento e atendimento as necessidades dos clientes e das autoridades regulamentadoras com base na norma ABNT NRB ISO/IEC 17025:2005."

Este é o objetivo do VetLab e somos o primeiro laboratório do estado do Rio de Janeiro a conseguir a acreditação. Veja escopo no site do INMETRO clique aqui

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Painel Neosporose e Toxoplasmose em cães (cód. 895)

Painel Neosporose e Toxoplasmose em cães (cód. 895)


Distúrbios neurológicos em cães podem ter origens congênitas, metabólicas, toxicas, nutricionais, traumáticas, vasculares, degenerativas, neoplásicas, idiopáticas e infecciosas. A cinomose, uma das doenças neurológicas mais comuns em cães, apresenta lesões e sinais clínico-neurológicos extremamente variáveis .

Doenças neurológicas causadas por protozoários são maioria dos casos atribuídos ao Toxoplasma gondii, cujos sinais variam conforme a localização da lesão no sistema nervoso. A prevalência aumenta com a idade, pois a chance de exposição eleva-se proporcionalmente. A toxoplasmose clinica em cães geralmente está associada ao vírus da cinomose ou outras infecções, como erliquiose, ou com terapia imunossupressora. Em alguns casos, contudo, os fatores predisponentes não são identificados.

Recentemente, outro protozoário, o Neospora caninum, passou a ser reconhecido como causador de afecções neuromusculares, miocárdicas, pulmonares e dérmicas. Enquanto o T. gondii está associado com infecções intercorrentes, o N. caninum parece ser um patógeno primário.

As cadelas infectadas podem transmitir o Neospora caninum a seus fetos via transplacentária, e sucessivamente as outras ninhadas .

A maioria dos casos clínicos ocorre em filhotes infectados congenitamente , caracteriza-se por uma paralisia ascendente, com os membros pélvicos geralmente mais afetados, podendo apresentar hiperextensão rígida ou flácida, decorrente da poliradiculoneurite e miosite causadas pela infecção, dificuldade na deglutição, paralisia da mandíbula, cegueira, convulsões, incontinência urinaria e fecal, flacidez e atrofia muscular e falha cardíaca.

Sua apresentação é mais variada em cães adultos, além do quadro neuromuscular, podem ocorrer dermatite piogranulomatosa, miocardite fatal e pneumonia . Os cães podem sobreviver durante meses com paralisia progressiva, meningoencefalite, insuficiência cardíaca, complicações pulmonares e, muitas vezes precisam ser eutanasiados.

O VetLab apresenta o painel Neosporose e Toxoplasmose em cães. Este engloba os exames de Toxoplasmose IgG e IgM, Neospora IgG e IgM e teste da avidez do IgG sempre que necessário.

Todos os testes são realizados por ELISA, o que confere maior sensibilidade aos métodos.

O diagnóstico sorológico das doenças infecciosas é realizado através da pesquisa e dosagem dos anticorpos das classes IgM e IgG, produzidos pelo organismo em resposta a um agente infeccioso. Classicamente, o primeiro anticorpo a ser produzido na infecção primária é da classe IgM, sendo, então, acompanhado pela produção de anticorpos da classe IgG. Os anticorpos IgM ficam presentes por um curto período de tempo, normalmente desaparecendo de três a seis meses após a infecção, enquanto os anticorpos IgG permanecem presentes por longo período, por vezes o resto da vida.

Portanto, a presença de anticorpos IgM é indicativa de infecção aguda ou recente, e a presença somente de IgG, de infecção passada.

Entretanto, com o desenvolvimento, nos últimos anos, de novas metodologias que apresentam maior sensibilidade para o diagnóstico dos processos infecciosos, esse conceito tem-se alterado devido à possibilidade da detecção de IgM por um período prolongado. Esses anticorpos IgM, denominados residuais, podem ser detectados, geralmente, em valores baixos, por meses após a infecção. A sua presença, juntamente com anticorpos IgG, por vezes, dificulta a interpretação do tempo de infecção. Além disso, os anticorpos IgM podem ser detectados na reinfecção ou reativação de processos infecciosos, bem como em reações cruzadas.

Recentemente, foi desenvolvido um método de ensaio imunoenzimático capaz de diferenciar infecção recente de infecção passada, com a presença de IgM residual, através da avaliação da capacidade de ligação dos anticorpos IgG. Tal capacidade de ligação, denominada avidez, é diretamente proporcional ao tempo de infecção.

Em quadros infecciosos agudos, a IgG apresenta uma baixa avidez, enquanto que, em infecções crônicas, os anticorpos IgG apresentam alta avidez.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Novo Perfil: Auto-imune

Novo Pefil: Auto-imune (coletar sangue em 1 tubo com EDATA e um sem anticoagulante)




- Anticorpo Antinuclear (ANA)

- Fator Reumatóide Canino

- Hemograma Completo

- Teste de Coombs Canino



Anticorpos específicos canino. Resultados em 5 dias.



O lúpus eritematoso sistémico (LES) é considerado o protótipo das doenças autoimunes sistémicas e, devido à diversidade de sintomas que podem estar presentes, é conhecido como “o grande imitador”. A etiologia da doença é desconhecida, mas atualmente é atribuído um papel importante às alterações do sistema imunitário, à componente genética e a diversos fatores externos. Apesar de na doença humana se verificar uma susceptibilidade relacionada com o sexo feminino, nos cães isto não parece acontecer, sendo afetados de modo idêntico ambos os sexos. O paciente típico tem cerca de 5 anos de idade e existem algumas raças com maior predisposição para a doença, como o Pastor Alemão, o Pastor de Shetland, o Galgo Afegão e o Beagle, entre outros. O LES caracteriza-se principalmente por uma reação de hipersensibilidade do tipo III, com formação de auto anticorpos, dirigidos principalmente a material nuclear, e complexos imunes. A deposição dos imunocomplexos nos diferentes órgãos é a principal responsável pela sintomatologia, sendo mais frequentemente afetados os rins, a pele e as articulações e existindo normalmente períodos de remissão e períodos em que a doença está mais ativa.

Não existe um teste 100% específico para o LES canino e as alterações clínicas e laboratoriais não são exclusivas da doença. Como tal, deverão ser seguidos alguns critérios, adaptados da doença humana, a fim de se fazer o diagnóstico definitivo.

Animais suspeitos que apresentem anemia e/ou trombocitopénia poderão ser feitos o teste de Coombs para avaliar a presença de anticorpos anti-hemácia.

Os ANA são considerados a base essencial do diagnóstico biológico de LES em todas as espécies.



Um dos modos de interpretação mais utilizados propõe que o diagnóstico definitivo seja feito quando se verifica a presença de ANA e dois sinais maiores ou um maior e dois menores, sendo o diagnóstico provável quando existem AAN e um sinal maior ou dois menores (Gorman & Werner, 1986, citado por Dunn, 1998).






A importância do substrato utilizado é bastante evidente (Hansson, Trowald-Wigh &


Karlsson-Parra, 1996; Hansson & Karlsson-Parra, 1999). Inicialmente começaram por ser

usadas secções de órgãos de roedor, principalmente fígado e rim, mas a mudança para a

linha celular human epithelial 2 (HEp-2) permitiu aumentar a sensibilidade e a especificidade

do teste (Kavanaugh et al., 2000; Keren, 2000). Estas não são, porém, as únicas vantagens.

Depois de sujeita ao teste, a amostra é analisada através de microscopia de fluorescência e

é possível discernir diferentes padrões de fluorescência (Hansson-Hamlin, Lilliehöök &

Trowald-Wigh 2006) – homogéneo ou difuso, periférico, reticulado ou nodular e nucleolar

(Dunn, 1998).
 

Toxoplasmose (Ag)

Toxoplasmose (Ag)


Amostra: Gatos: fezes frescas ou swab de reto. Cães: líquidos biológicos. Enviar em até 4 dias refrigerado

Comentários: A grande vantagem deste teste é detectar a fase em que os felinos estão eliminando os oocistos.

A toxoplasmose é uma coccidiose dos felídeos e uma das mais comuns parasitoses que afetam os animais homeotérmicos, em todo o mundo, inclusive o homem, constituindo importante zoonose. Os felídeos são o ponto-chave da epidemiologia da toxoplasmose, sendo os únicos hospedeiros da forma sexuada, e definitivos do parasita. Por eliminarem oocistos nas fezes, são a única fonte de infecção dos animais herbívoros.

T. gondii possui três estágios infectantes, podendo ser transmitido por meio das fezes (oocistos), pela via transplacentária (taquizoítos) e pelo carnivorismo (cistos com bradizoítos).

O gato começa a eliminar oocistos junto com as fezes de três a dez dias após a ingestão de tecido

contendo cistos do protozoário. Os oocistos são eliminados não esporulados, isto é, não infectantes. Os oocistos tornam-se infectantes no ambiente somente depois de um a cinco dias, dependendo da temperatura e da umidade. A excreção dos oocistos pode durar, em média, entre uma a duas ou três semanas, após a primeira exposição do gato ao parasita. Depois desse período, o gato não elimina oocistos novamente, pois desenvolve imunidade contra o protozoário. Com relação a esse fato há, na literatura, relatos de resultados de experimentos que indicam a possibilidade de o gato voltar a eliminar oocistos em condições especiais.

Normalmente os gatos não apresentam sintomas de infecção pelo T. gondii. Porém, se estiverem com alguma doença imunossupressora, podem desenvolver a toxoplasmose com a seguinte sintomatologia: febre, diarréia, pneumonia, hepatite, inflamação ocular, doenças neurológicas etc.

A transmissão congênita do T. gondii pode ocorrer quando a infecção aguda coincide com a prenhez. O Toxoplasma gondii multiplica-se na placenta, difundindo-se para os tecidos fetais, com consequências mais sérias aos fetos, no primeiro terço ou metade da gestação. Apesar de quanto mais adiantada a gestação, maior a probabilidade da infecção fetal, os riscos de fetopatias graves são menores. Nos EUA estima-se que a cada ano nascem cerca de 3.000 crianças com toxoplasmose congênita.

Método: Imunoensaiocromatográfico Ag

Prazo: 2 dias.

Código: 888

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Herpesvírus felino

A principal afecção da conjuntiva é a conjuntivite. Ao contrário do que ocorre em cães a conjuntivite em gatos geralmente é desencadeada por causas primárias (vírus ou bactérias). O herpesvírus tipo I (HVF-1), o Calicivírus, Chlamydophila felis e, eventualmente Mycoplasma spp. são os principais agentes etiológicos. A secreção mucopurulenta constitui-se no sinal clínico mais comum geralmente associada a quemose, hiperemia, blefarospasmo, prurido e ceratoconjuntivite seca.


O vírus HVF-1 penetra por via nasal, oral ou conjuntival, causando infecção primária do epitélio nasal com subsequente proliferação para o saco conjuntival, faringe, traquéia, brônquio e bronquíolos. As lesões são caracterizadas por necrose multifocal do epitélio, com infiltração neutrofílica e inflamação.

As excreções virais têm início 24 horas após a infecção e, geralmente, duram cerca de uma a três semanas. Os quadros agudos são resolvidos em 10 a 14 dias. Alguns animais podem desenvolver lesões crônicas no trato respiratório superior e tecidos oculares. Durante a infecção, o vírus se espalha ao longo dos nervos sensoriais e alcança os neurônios, particularmente o gânglio trigêmio, ao qual é o principal sítio de latência.

A doença aguda clássica (doença citolítica) apresenta sinais como rinite, conjuntivite, úlceras de córnea (superficiais ou profundas), secreção nasal, hiperemia conjuntival e corrimento seroso. Na doença atípica aguda, poderão aparecer distúrbios dermatológicos, viremia e pneumonia. Também são relatadas úlceras e crostas nasofaciais, tosse, sinais multi-sistêmicos e, finalmente, o óbito (morte súbita em gatinhos muito jovens e neonatos).

Na doença crônica (doença imunomediada), observa-se ceratite estromal, sinusite crônica, edema de córnea, cegueira, lise vascular, corrimento nasal crônico e uveíte. A infecção por HVF-1 causa tipicamente doença aguda do trato superior, assim como doenças oculares, que podem ser particularmente graves em animais jovens. A replicação viral leva a lesões ulcerativas e erosivas das mucosas superficiais, produzindo rinite, conjuntivite e, ocasionalmente, úlceras de córnea.

Herpesvírus Felino 1 (FHV-1) - Rinotraqueíte Viral Felina

Material: 0,5mL Soro ou Plasma EDTA

Método: ELISA

Condições de envio: Refrigerado

Prazo: 7 dias

Código:719

Panleucopenia, Herpesvírus e Calici Vírus Felino - IgG

Material: Soro ou plasma em EDTA 0,5mL. Estabilidade R - 3 dias; C - 6 meses

Método: ELISA

Comentários: Este kit tem a finalidade de determinar no soro de felinos, o título de anticorpos IgG do Vírus da Panleucopenia Felina (FPLV), do Herpesvírus Felino (FHV) e do Calici Vírus

Felino (FCV). O objetivo principal deste kit, é fornecer uma ferramenta útil para avaliar o estado da imunidade de gatos, relativo a estes três patógenos. Como tal, ele pode determinar o título de IgG antes e após a vacinação ou a validação da vacina.

Panleukopenia Felina também conhecida como cinomose ou enterite infecciosa felina, é uma doença viral altamente contagiosa que pode matar, gatinhos e gatos adultos não vacinados. Os sintomas incluem início súbito de febre, falta de apetite, desidratação, depressão, vômitos e tonturas. Gatos infectados podem apresentar diminuição do número de células no sangue.

Herpesvírus Felino é causada por FHV do tipo 1, também conhecido como rinotraqueíte felina viral. Os sintomas incluem espirros, tosse, fotossensibilidade, edema conjuntival, ocular e corrimento nasal. Também febre, depressão e falta de apetite. Úlceras da córnea podem desenvolver se, o que pode levar a infecções graves e mesmo à cegueira.

O Herpesvírus felino é comumente associado a doenças oftálmicas em gatos, sendo a causa mais frequente de conjuntivite e ceratite nessa espécie, pelo fato de poder permanecer latente nos tecidos oculares. As alterações oculares mais relacionadas ao Herpesvírus são a conjuntivite, ceratite e seqüestro de córnea.

Calici Virus Felino é um vírus respiratório, causa uma doença semelhante um resfriado humano. É um vírus RNA, e é mais resistente do que o Herpesvírus Felino, embora os seus sintomas podem aparecer menos grave. Os sintomas são semelhantes aos de FHV, mas geralmente incluem úlceras na língua. Pneumonia pode se desenvolver, levando a altas taxas de mortalidade em filhotes.

As lesões orais são muito comuns na infecção pelo Calicivírus felino uma vez que esse vírus é isolado de mais de 80% gatos com doença oral crônica, tendo forte relação com o surgimento de faucite aguda e crônica. As ulcerações iniciam-se como pequenas vesículas que se rompem expondo a necrose do epitélio adjacente concomitante a eritema e edemaciação das gengivas.

Prazo: 2 dias

Código: 883



Perfil Respiratório Felino

Material: 0,5 mL de soro ou plasma + 1 swab de secreção nasal.

Condições de coleta: Não estar em uso de antibióticos por 10 dias. Enviar o material no mesmo dia da coleta.

Exames realizados: ELISA IgG para Herpesvírus felino e Calicivírus felino + Pesquisa de Chlamydophila felis e Bordetella bronchiseptica

Comentários: As doenças respiratórias superiores são muito comuns na espécie felina e rotineiramente observadas na prática clínica. Geralmente são causadas pela ação do herpesvírus felino, calicivírus felino, Chlamydophila felis e Bordetella bronchiseptica. Os sinais clínicos associados são a secreção oculonasal, espirros, conjuntivite e ulceração oral.

Dentre as conseqüências destacam-se a rinosinusite, pólipos nasofaríngeos, gengivoestomatite, seqüestro de córnea, ceratite superficial e profunda e conjuntivite.

Prazo: 2 dias.

Código: 886



segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Novos exames

○ Perfil Respiratório Canino


Material: Secreção nasal e ocular – 2 swabs sem meio identificados

Condições de coleta: Não estar em uso de antibióticos por 10 dias. Enviar o material no mesmo dia da coleta.

Exames realizados: Pesquisa de Vírus da parainfluenza canina (VPIC), Adenovírus caninos (AVC) e Bordetella bronchiseptica.

Comentários: O Complexo da Tosse dos Canis (CTC) refere-se a uma coleção de doenças infecciosas altamente contagiosas do trato respiratório canino, que causa traqueobronquite e início súbito de tosse curta e repetida paroxística que dura de vários dias a algumas semanas.

As infecções mistas são comuns e possuem um efeito sinergístico na produção da doença clínica. Individualmente, esses agentes infecciosos causam uma doença muito suave ou são albergados nas vias aéreas dos portadores assintomáticos. Os isolados mais frequentes no CTC são o vírus da parainfluenza e a Bordetella bronchiseptica.

O alvo primário desses agentes é o epitélio das vias aéreas superiores. O resultado é uma lesão epitelial, uma inflamação aguda e uma disfunção dos cílios das vias aéreas.

Nos cãezinhos e nos animais imunocomprometidos, a invasão bacteriana secundária do trato respiratório inferior pode causar pneumonia de risco de vida.

Prazo: 2 dias.

Código: 885



○ Perfil Respiratório Felino

Material: 0,5 mL de soro ou plasma + 1 swab de secreção nasal.

Condições de coleta: Não estar em uso de antibióticos por 10 dias. Enviar o material no mesmo dia da coleta.

Exames realizados: ELISA IgG para Herpesvírus felino e Calicivírus felino + Pesquisa de Chlamydophila felis e Bordetella bronchiseptica

Comentários: As doenças respiratórias superiores são muito comuns na espécie felina e rotineiramente observadas na prática clínica. Geralmente são causadas pela ação do herpesvírus felino, calicivírus felino, Chlamydophila felis e Bordetella bronchiseptica. Os sinais clínicos associados são a secreção oculonasal, espirros, conjuntivite e ulceração oral.

Dentre as consequências destacam-se a rinosinusite, pólipos nasofaríngeos,

gengivoestomatite, seqüestro de córnea, ceratite superficial e profunda e conjuntivite.

O Herpesvírus felino é comumente associado a doenças oftálmicas em gatos, sendo a causa mais frequente de conjuntivite e ceratite nessa espécie, pelo fato de poder permanecer latente nos tecidos oculares. As alterações oculares mais relacionadas ao Herpesvírus são a conjuntivite, ceratite e seqüestro de córnea.

As lesões orais são muito comuns na infecção pelo Calicivírus felino uma vez que esse vírus é isolado de mais de 80% gatos com doença oral crônica, tendo forte relação com o surgimento de faucite aguda e crônica. As ulcerações iniciam-se como pequenas vesículas que se rompem expondo a necrose do epitélio adjacente concomitante a eritema e edemaciação das gengivas.

Prazo: 2 dias.

Código: 886





○ Panleucopenia, Herpesvírus e Calici Vírus Felino - IgG

Material: Soro ou plasma em EDTA 0,5mL. Estabilidade R - 3 dias; C - 6 meses

Método: ELISA

Comentários: Este kit tem a finalidade de determinar no soro de felinos, o título de anticorpos IgG do Vírus da Panleucopenia Felina (FPLV), do Herpesvírus Felino (FHV) e do Calici Vírus

Felino (FCV). O objetivo principal deste kit, é fornecer uma ferramenta útil para avaliar o estado da imunidade de gatos, relativo a estes três patógenos. Como tal, ele pode determinar o título de IgG antes e após a vacinação ou a validação da vacina.

Panleukopenia Felina também conhecida como cinomose ou enterite infecciosa felina, é uma doença viral altamente contagiosa que pode matar, gatinhos e gatos adultos não vacinados. Os sintomas incluem início súbito de febre, falta de apetite, desidratação, depressão, vômitos e tonturas. Gatos infectados podem apresentar diminuição do número de células no sangue.

Herpesvírus Felino é causada por FHV do tipo 1, também conhecido como rinotraqueíte felina viral. Os sintomas incluem espirros, tosse, fotossensibilidade, edema conjuntival, ocular e corrimento nasal. Também febre, depressão e falta de apetite. Úlceras da córnea podem desenvolver se, o que pode levar a infecções graves e mesmo à cegueira.

Calici Virus Felino é um vírus respiratório, causa uma doença semelhante um resfriado humano. É um vírus RNA, e é mais resistente do que o Herpesvírus Felino, embora os seus sintomas podem aparecer menos grave. Os sintomas são semelhantes aos de FHV, mas geralmente incluem úlceras na língua. Pneumonia pode se desenvolver, levando a altas taxas de mortalidade em filhotes.

Prazo: 2 dias

Código: 883



○ Leptospirose canina IgM

Material: Soro 0,5ml

Condições de coleta: Exame realizado apenas para caninos. Jejum não obrigatório. Enviar o sangue refrigerado (2o a 8o C) em até 2 dias.

Outros laboratórios: Enviar a amostra de soro ou plasma refrigerados (2o a 8o C) em até 7 dias ou congelado em até 20 dias.

Interpretação: Caninos reagem à doença através da produção de anticorpos antiLeptospira. A soroconversão pode ocorrer mais cedo de 5-7 dias após o aparecimento da doença. A doença aguda é caracterizada pela presença de anticorpos específicos da classe IgM.

A sensibilidade e especificidade do teste, depende de vários fatores, incluindo a fase da doença, o uso de antibióticos anterior ao teste, histórico de vacinação. O teste de aglutinação microscópica (SAM) é recomendado como um teste confirmatório e fornece o sorovar que está presente. Pode-se utilizar tambem em casos duvidosos teste de Elisa IgG.

Sensibilidade do teste: 100%

Especificidade do teste: 95,3%

Método: Imunoensaio Cromtográfico IgM

Prazo: Mesmo dia

Código: 882



○ Hepatite Infecciosa Canina (HIC) - Adenovírus tipo I canino (CAV-I)

Material: 0,5 mL de soro ou plasma em EDTA ou swab de secreção ocular ou amostra de tecido hepático em solução fisiológica.

Método: Imunoensaio cromatográfico Ag

Comentários: A Hepatite Infecciosa Canina (HIC), conhecida também como doença de Rubarth é uma infecção viral causada pelo adenovírus canino tipo I (CAV-1) que acomete principalmente cães jovens e não vacinados.

O adenovírus canino tipo I, é um DNA – vírus não envelopado. Além do adenovírus canino tipo I, existe também o adenovírus canino tipo II (CAV-2) que causa inflamação das vias áreas superiores associada à Traqueobronquite Infecciosa dos Cães (Tosse dos Canis).

O CAV-I tem tropismo pelas células endoteliais e hepatócitos, causando hepatite aguda fulminante frequentemente fatal em animais não imunizados.

Os cães adquirem o CAV-I através de exposição oronasal. O vírus é encontrado em todos os tecidos sendo eliminado em todas as secreções durante a fase aguda da infecção. Durante algum tempo após a recuperação o vírus ainda é eliminado através da urina dos cães.

Após a exposição, o vírus replica-se inicialmente nas tonsilas, passa aos linfonodos e atinge a corrente sanguínea através do ducto torácico. A viremia dura de quatro a oito dias, o vírus então se dissemina para os tecidos, com destino especialmente aos hepatócitos e células endoteliais. A lesão endotelial afeta principalmente o endotélio corneano, glomérulos renais e endotélio vascular.

A Hepatite Infecciosa Canina frequentemente apresenta curso clínico agudo ou superagudo.

No curso superagudo da doença, a mesma não é diagnosticada antes do animal vir a óbito. Isso ocorre, pois a evolução da doença dá-se em um espaço curtíssimo de tempo.

No curso aguda da enfermidade observa-se aparecimento de sinais clínicos como apatia, letargia, inapetência, sede intensa, anorexia, vômito, dor abdominal, diarreia com ou sem sangue, febre entre outros. Podem ocorrer também sinais neurológicos (desorientação, depressão, coma, convulsões), tais sinais são resultantes de encefalopatia hepática, hipoglicemia ou encefalite não supurativa. Sinais oftálmicos provenientes de edema corneano e uveíte anterior também podem ser observados.

O diagnóstico baseia-se na associação entre sinais clínicos e lesões macro e microscópicas. Alguns métodos são utilizados para confirmar a presença do CAV-I nos tecidos, sendo eles a imunoistoquímica (IHQ), reação em cadeia da polimerase (PCR) e isolamento viral.

O tratamento recomendado é de suporte, geralmente com administração de fluidoterapia suplementada com potássio e dextrose, tratamento para encefalopatia hepática e antibioticoterapia para complicações bacterianas.

A prevenção é feita através da vacinação, com esquema prescrito por Médico Veterinário. Pelo fato de a Hepatite Infecciosa Canina ser uma doença de fácil transmissão, é importante tomar alguns cuidados para preveni-la além da vacinação, como por exemplo, a desinfecção dos locais onde o animal habita fazendo uso de vapor quente, vassouras de fogo e desinfetantes a base de amônia e se desfazendo dos objetos do animal (camas, brinquedos, comedouros, bebedouros).

Condições de envio: Refrigerado

Prazo: 2 dias

Código: 884



○ Raiva anticorpos vacinais IgG

Material: Soro 1,0ml sem hemólise.

Comentários: Esta técnica permite avaliar o nível de anticorpos de indivíduos vacinados contra a raiva. Títulos iguais ou superiores a 0,5 U.I./ml dosados pelas técnicas de soroneutralização, são considerados protetores em situações de risco (Organização Mundial da Saúde).

Método: Soroneutralização em cultura de células (RFFIT)

Prazo: 15 dias.

Código: 880



○ Raiva canina Ag

Material: swab de saliva, enviar no mesmo dia da coleta

Método: Imunoensaio cromatográfico Ag

Prazo: 2 dias.

Código: 88

segunda-feira, 22 de julho de 2013

NT-proBNP



O diagnóstico e tratamento da doença cardíaca canina pode ser facilitado por um teste de laboratório altamente sensível e específico que prevê risco de morbilidade e mortalidade, sendo útil para orientar a terapia, de fácil execução, barato e amplamente disponível (Oyama et al., 2010a). Assim, a determinação NT-proBNP pode ser utilizada em conjunto com outras ferramentas de diagnóstico, incluindo o exame físico, a radiografia e a ecocardiografia como adjuvante do diagnóstico da doença cardíaca em cães (Oyama et al., 2008a).



O uso do NT-proBNP em cães com sinais respiratórios

No cenário de emergência, o NT-proBNP pode ser utilizado em conjunto com o exame físico, radiografia torácica e electrocardiografia para diferenciar as causas respiratórias primárias de dispneia das causas de ICC que também cursem com a mesma sintomatologia (Swedberg et al., 2005).



Desta forma, talvez a melhor indicação veterinária para o doseamento de NT-proBNP seja em cães com sinais respiratórios de etiologia desconhecida (Prosek et al., 2007, Defrancesco et al., 2007, Fine et al., 2008). Fine et al., (2008) avaliaram 46 cães com tosse ou stress respiratório e determinaram que os cães com ICC apresentavam uma média significativamente mais elevada de concentrações NT-proBNP do que os animais com doença respiratória (média IC de 2554pmol/L; média respiratória de 357pmol/L]. Assim, a ICC e doença pulmonar primária foi diagnosticada em 25 e 21 cães, respectivamente. A avaliação da concentração de NT-proBNP no soro ou plasma pode ser útil para a discriminação de ICC de doença pulmonar primária em cães com stress respiratório ou tosse (Fine et al., 2008).



O uso de NT-proBNP em cães com doença cardíaca

Uma indicação potencial para o teste NT-proBNP é a detecção de doença cardíaca assintomática ou oculta. Durante esta fase, o diagnóstico precoce é necessário para monitorizar a progressão e, eventualmente, intervir antes do desenvolvimento de sinais clínicos (Oyama et al., 2010a).

As recomendações existentes indicam que a doença cardíaca é pouco provável em cães quando o nível de NT-proBNP é < 566pmol/l (Oyama et al., 2008a).

Oyama et al., (2008b) demonstraram em 119 cães com doença valvular mitral, 18 cães com cardiomiopatia dilatada e 40 cães saudáveis para controlo, que a concentração sérica de NT-proBNP foi significativamente maior em cães com doença cardíaca do que nos animais controlo e que uma concentração sérica de NT-proBNP> 445 pmol/L pode ser usada para discriminar cães com doença cardíaca de cães de controlo com uma sensibilidade de 83,2% e especificidade de 90,0%.

O uso do NT-proBNP na monitorização da terapia

Outra indicação para a medição de biomarcadores envolve o uso de terapia adaptada pelos níveis destes (Oyama et al., 2010a).

De acordo com Achen et al., (2009), as alterações de amostras seriadas do NT-proBNP em cães com DDMVM estavam de acordo com a decisão clínica de um cardiologista. Os cães que receberam diuréticos no tratamento da DDMVM grave foram monitorizados, e as análises seriadas de NT-proBNP foram realizadas juntamente com os exames convencionais, que incluiu o exame físico, exames de sangue, ecocardiografia e radiografia de tórax. Com base no diagnóstico convencional (e desconhecendo os resultados do NT-proBNP), os clínicos decidiram então aumentar, diminuir ou não alterar a dose do diurético. Nos cães, que registaram uma diminuição nas concentrações seriadas de NT-proBNP, era significativamente mais provável que os clínicos tivessem diminuído a dose de furosemida, e no exame radiográfico, a evidência de ICC foi improvável. Por outro lado, em cães que tiveram um aumento das concentrações de NT-proBNP, era significativamente mais provável que os clínicos tivessem aumentado a dose de furosemida , e no exame radiográfico, a evidência de ICC foi mais provável (Achen et al., 2009). Estes resultados, embora preliminares, sugerem que o registo das concentrações de NT-proBNP muda consoante as alterações no estado clínico e pode ajudar os médicos a determinar a necessidade de tratamento. A resolução de ICC bem sucedida normalmente diminui as concentrações de NT-proBNP, mas não para o valor normal de referência (Oyama et al., 2010a).

http://www.vetlaboratorio.com.br/vetlab.php?mID=37&iID=65&bid=357

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Detecção do gene MDR1


Detecção do gene MDR1


Material: 2 ml de sangue total em tubo com EDTA.

Método: PCR

Condições de envio: Refrigerado

Interpretação: O MDR1 (Multi Drug Resistance 1), também conhecido como ABCB1, é responsável pela expressão de uma proteína transportadora de membrana, da superfamília ATB Binding Cassete (ABC), denominadas P-glicoproteínas (P-gp).

As P-gps expressadas pelo gene MDR1 funcionam como bombas de efluxo celular, conferindo uma resistência intrínseca a uma variedade de medicações.

A P-gp possui um amplo espectro de substratos como antiparasitários (ivermectina), antineoplásicos(doxorrubicina, vincristina, vimblastina), glicocorticoides (cortisol, dexametasona, metilprednisolona), analgésicos (morfina), glicosídeos cardíacos (digoxina) e outros (aldosterona, ondansetrona, tacrolimus, tetraciclinas, eritromicina, cetoconazol, itraconazol, fenotiazídicos, ciclosporina) (PAPICH, 2009), sendo, pois, considerada como um dos maiores determinantes da variação de absorção oral e disponibilidade de diversos fármacos (CUMMINS et al., 2003).

Cães mutantes (MDR1 -/-) são susceptíveis a efeitos neuro, nefro e hepatotóxicos de certas drogas, uma vez que eles apresentam maior penetração entérica, maior penetração nas barreiras hematoencefálica, testis e placentária e, por outro lado, diminuição da excreção biliar e urinária.

Prazo: 12 dias

Código: 876 para até 4 animais, 5 cód. 877. Mais de 5 consultar

http://www.vetlaboratorio.com.br/vetlab.php?mID=37&iID=65&bid=441


terça-feira, 25 de junho de 2013

Informativo endocrinologia

Informativo endocrinologia

Imunoistoquímica

O exame imunoistoquímico é um método de patologia molecular (valendo-se da reação antígeno-anticorpo) aplicado em tecidos fixados em formol e incluídos em parafina (biópsias, peças cirúrgicas e de necropsia) e preparados citopatológicos (imuno-citoquímica).


Seu uso aplica-se ao diagnóstico de doenças inflamatórias, infecciosas e neoplásicas. No estudo das neoplasias não só auxilia a determinar a linhagem (imunofenotipagem) dos tumores pouco diferenciados, mas também pode revelar fatores preditivos e prognósticos de alguns tumores.

As principais indicações em veterinária são:

Diagnóstico de neoplasias pouco diferenciadas: um exemplo clássico seria o grupo dos tumores de células redondas onde estão agrupadas lesões benignas como histiocitoma e plasmocitoma ou malignas como melanoma amelanótico e linfomas, muitas vezes indistinguíveis umas das outras na rotina histopatológica.

Diagnóstico diferencial entre tumores e estados reacionais: por exemplo entre proliferação benigna da mama X câncer, inflamação histiocitária X histiocitoma.

Determinação de fatores preditivos e prognósticos de neoplasias: a diferenciação entre os linfomas B e T , (os linfomas T são de pior prognóstico) , a presença e o padrão de marcação (membrana ou citoplasmático) do c-kit nos mastocitomas caninos e o percentual dos receptores de estrogênio e progesterona nos tumores de mama de cadelas estão relacionados ao prognóstico e comportamento da doença. Outro exemplos de marcadores prognósticos são a presença da oncoproteina p53 e o antígeno ki-67( índice de proliferação celular).

Determinação de micrometástases: metástases precoces podem passar desapercebidas no exame histopatológico, e sua identificação pode alterar o prognóstico e conduta terapêutica.

http://www.vetlaboratorio.com.br/clinicas_e_veterinarios.php